Professor, pastor, teólogo e educador corporativo Textos escritos para a coluna semanal no Correio Popular, da cidade de Campinas e texto escritos depois de 2021, que tratam de temas nacionais, internacionais, sobre igreja e teologia
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terça-feira, 8 de setembro de 2009
ABDEUAMASSO
terça-feira, 1 de setembro de 2009
FIQUE ESPERTO
Outra prática, mais relacionadas à empresas de listas telefônicas, era a de enviar boletos pela publicação de um suposto anúncio que não se contratou. Alguns traziam um aviso de que o pagamento era opcional, mas a maioria não e alguns até traziam a informação de que o título iria a protesto se não pago no prazo estipulado. Já recebi também boletos de hospedagem do meu site pelas mais diversas empresas, todos eles fajutos.
Mais recentemente venho sendo vítima de um novo golpe, pois não vejo outra palavra para definir o que vem acontecendo. Primeiro foi descobrir na minha fátua do celular da Vivo a contratação de serviços adicionais que eu não havia feito. Liguei pedi explicações pela cobrança nos últimos três meses e eles me disseram que eu havia autorizado o tal serviço de vantagem em chamadas roaming no dia tal. Afirmei que nunca havia sido contatado e muito menos feito tal opção. O que consegui foi o cancelamento do serviço a partir da data da minha reclamação, mas não a reversão dos pagamentos feitos. Comecei a ficar esperto com a Vivo. Mais de uma vez recebi SMS me parabenizando por ter aderido a este ou aquele adicional de serviço, coisa que não fiz, e que cada vez me tomou mais de vinte minutos em ligação tentando reverter o serviço.
Neste mês me enfiaram quase vinte reais em serviços adicionais que não contratei não autorizei e que me tomaram trinta e cinco minutos para reverter. E o pior é que a reversão foi parcial, pois, segundo a atendente, haveria ainda uma cobrança proporcional que eu deveria contestar quando chegasse a fatura. Lá se vai mais meia hora.
O mesmo está acontecendo com as famigeradas taxas dos bancos famintos por dinheiro fácil. A cada extrato aparece algo sendo cobrado. Neste dias descobri que meu banco que me “deu” um cartão de crédito sem anuidade, me cobrou para a renovação, e que o gerente do banco não pode estornar a cobrança, pois devo ligar para a central de atendimento ao cliente e tentar conseguir a devolução da taxa. Se eu cancelar, assim mesmo corro o risco de ter que pagar.
E o pior. Descobri que além dos juros exorbitantes que cobram no cheque espacial, ainda pago uma taxa de renovação do cadastro e a cada dois meses uma taxa de R$ 145,00 pelo uso do limite. Um roubo. Eu digo: um assalto a “banco armado”.
È muita esperteza. E para contrarrestar, temos que ficar espertos com estes assaltantes legalizados e jurisprudenciados.
Marcos Inhauser
terça-feira, 25 de agosto de 2009
SENADORANTE
Nunca colocaria em um filho este nome: Aloísio. Não gosto. E agora não gosto também de um que tem este nome: o Mercadante. Aliás, este sobrenome me faz pensar em outras coisas e nestes dias, não pude deixar de associá-lo, por rima, a comportamentos.
FRUSTRANTE: havia uma multidão de gente que acreditou nele e nele votou, transformando-o em campeão de votos ao Senado. Parecia ser uma pessoa séria, de convicções, firme, com idéias novas capazes de fazer a diferença em um cenário carcomido pelas velhas oligarquias políticas. Hoje, sem sombra de dúvidas, posso afirmar que há muita gente frustrada com ele.
TROPEÇANTE: no episódio da compra do dossiê e dos aloprados, ele veio com a esfarrapada e petista desculpa de que não sabia de nada. Santa inocência ou astuta esperteza, acreditando na imbecilidade coletiva. Tropeçou feio e nunca mais conseguiu firmar o passo diante da opinião pública.
VACILANTE: Mais recentemente apresentou comportamento e posturas vacilantes, ora apoiando, ora ficando em cima do muro e ora sendo mais assertivo quanto à situação do Sarney e do Senado. Foi difícil saber exatamente qual era a sua posição.
TITUBEANTE: Isto o fez titubear. Ora era isto, ora aquilo. O titubeio maior foi sua renúncia irrevogável e a revogação do irrevogável no dia seguinte. Mesmo com a carta do Lula, virou piada e merecidamente.
CLAUDICANTE: no episódio dos aloprados, do mensalão, e agora na crise do Senado, para mim ao menos, fica evidente de que ele claudicou na ética. Não afirmo por comissão, mas o claudicar pela omissão. Falhou ao não ser voz forte de denúncia como o foram Pedro Simon e Cristóvão, para não citar outros que evito mencionar nomes. A sua ausência foi patética quando do bate boca entre Pedro Simon e Collor, preferindo ficar no gabinete a estar presente em um momento histórico, em que éticos precisavam se manifestar contra “aquelle” que é até hoje, junto com um paulista, o símbolo máximo da corrupção.
MERCADEJANTE: o que está por detrás desta sua atitude? Um pragmatismo maquiavélico, em que o fim Dilma justifica todos os meios? O que há de negociação e negociatas por trás disto tudo? As fantasias correm a mil, haja visto que o Senado se mostrou ser a casa da mãe Joana e um balcão surtido de negócios os mais variados. Ou é a república sindicalista que o leva a tal comportamento? Não afirmo nada. Só pergunto perguntas inevitáveis diante disto tudo.
Marcos Inhauser
terça-feira, 11 de agosto de 2009
FUMOCÍDIO, MOTOCÍDIO E SUÍNA
terça-feira, 4 de agosto de 2009
OUVIDORIA, SURDORIA OU DEFENSORIA?
Desta minha crença devo dizer que tive mais aborrecimentos e decepções que resultados. Por três vezes acionei a Agencia Nacional de Transporte Terrestre – ANTT, duas delas com casos graves e nunca tive sequer uma resposta ou forma de acompanhar o andamento das coisas. Outra vez acionei a ARTESP – Agência de Transporte do Estado de São Paulo, recebi um protocolo, liguei várias vezes e nunca recebi uma informação precisa ou conclusiva sobre o meu pleito.
Quando saiu a lei que regulamentou o Serviço de Atendimento ao Cliente, estabelecendo prazos rígidos para o atendimento e multas para os infratores, liguei para a ANATEL e fiquei mais de 45 minutos esperando que me atendessem e nada. A mesma que regulamentou o serviço é a que descumpre as regras.
Estes dias, por causa de um problema com plano de saúde, e ainda acreditando na coisa, tentei a Agência Nacional de Saúde e fui informado que não tratam de questões particulares, mas só com a questão institucional do relacionamento cliente e empresas.
Alguém pode argumentar que todas são estatais e que não se pode esperar nada de um governo que está se lixando para as regras, haja visto que mudou as leis das concessões de telefonia para que houvesse a fusão Oi/BrasilTelecom, que politizou os cargos que deveriam ser ocupados por técnicos e colocou gente que não sabia de nada do setor, como é o caso do Milton Zuanazzi na ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. Estou citando um para não ficar listando sindicalistas e apaniguados lotados em cargos para os quais não estão habilitados.
A minha conclusão é que, no setor público tem-se Surdorias.
No setor privado, se não é uma Surdoria, é Defensoria. Cansei de ligar para o Omdundsman da Telefônica, ouvidoria da Net, ouvidoria da Vivo e me decepcionar. Estes até que dão certo seguimento e ligam de volta para relatar os procedimentos tomados. Invariavelmente defendem suas empresas e acabam jogando o problema para escanteio ou no colo da gente. O mesmo se deu com a Ouvidoria de um Plano de Saúde. O atendimento local mudou prazos, atendeu mal, disse que não tinha chegado o documento solicitado e quando liguei para a Ouvidoria o dito cujo milagrosamente apareceu, se negaram a carimbar um papel impresso por eles, e depois a Ouvidoria me liga para dizer que seguiram os procedimentos e o culpado era eu.
terça-feira, 28 de julho de 2009
SUPÉRFLUO ÀS ÁGUAS
www.inhauser.com.br / marcos@inhauser.com.br
Prática da antiga navegação era, diante de uma tempestade e risco iminente de afundar, atirar às águas o que era supérfluo, como forma de aliviar, salvar o barco e chegar ao destino. A prática não mais é adotada na navegação de grande calado e talvez o seja ainda em pequenas embarcações. De uma coisa sei: o Lula sabe disto e usa a técnica na sua viagem pelo mar revolto da política, com o objetivo de perpetuar-se no poder.
Ele já enfrentou algumas tempestades que grande porte. O seu barco, denominado PT, esteve à deriva várias vezes, no que pese o fato de que muitos que o escolheram criam que estavam elegendo um Titanic: sólido e resistente.
No porto de partida houve festa e esperanças de que a viagem seria tranqüila. Ao alcançar alto mar, pegou a tempestade do Mensalão. Balança daqui, balança dali, o barco PT estava fazendo água e o capitão disse que nada estava acontecendo. Quando a coisa complicou, elegeu o supérfluo e jogou ao mar o Dirceu. Com a tempestade da viagem à Argentina da Benedita, ela foi jogada aos tubarões.
Mais tarde, com a tempestadezinha inicial do caseiro, percebeu que a nuvem escura virava uma grande tempestade, e lá foi outro supérfluo: Palocci. Houve ainda a tempestade do churrasqueiro do guru-mór, dos compradores de dossiê para favorecer a candidatura de um barco do navio, e lá foi ele jogar supérfluos dizendo serem aloprados.
Quando outra tempestade Rondeau, jogou fora o Silas. Depois foi a ministra com gastos exagerados no cartão, e lá foi ao mar outro supérfluo, ainda que os gastos com a filha Lurian tenham sido iguais ou maiores.
Agora, quando depois de hesitação e cobrança pública, o Mercadante solta uma nota como líder do PT no Senado dizendo que apóia a licença e convocação antecipada do Conselho de Ética, o sindicalista-mór manda o pau mandado do Ministro Mucio desautorizar publicamente ao líder de seu partido. Mais um que ele joga ao mar.
O que chama a atenção é que ele não jogou ao mar o Renan e nem agora o Sarney, no que pese a gravidade das tormentas. E se não o fez, só posso concluir que eles são mais importantes que o Dirceu, Palocci, Benedita, Greenhalg e outros petistas históricos. Se o seu barco PT está fazendo água, melhor saltar para outro que já provou que resiste a qualquer onda: o PMDB, barco que tem a capacidade de navegar sempre na onda do poder.
O que o leva a agir assim? Estratégia política? Ou blindagem para quando deixar o governo e vieram pedir explicações mais detalhadas sobra a atuação do filho, sócio da Telemar? Ou suas constantes viagens ao redor do mundo? Ou a compra dos Rafale para equipar o exército? Ou as verbas nebulosas da Petrobrás para as ONGS e empresas devedoras para com a União? Ele talvez terá que se explicar muito e nada melhor do que se proteger protegendo hoje pessoas que poderão ajudá-lo a blindar-se. Não tenho respostas, só perguntas.
terça-feira, 21 de julho de 2009
CADÊ VOCÊ, SUPLICY?
Acompanhei sua luta na CPI dos Anões. Lembro-me da suas argüições aos implicados e da viagem aos Estados Unidos para tentar achar uma mulher que poderia ser a esposa do cérebro da quadrilha dos anões. Acompanhei as suas intervenções na CPI do Narcotráfico e no Mensalão e admirei sua independência quanto ao partido que estava atolado até ao pescoço nas maracutaias do valérioduto. Lembro-me da sua investigação quase quixotesca em busca de evidências quanto à morte do Celso Daniel. Sempre o achei um determinado, especialmente no que se refere ao Bolsa Família, tema quase único nas suas conversas e falas no plenário.
Mas, confesso, estou desapontado com o seu sumiço nos recentes casos de corrupção no Senado. Até tenho a impressão que, ou você não é mais Senador, ou tirou férias. Não sou um investigador contumaz das suas atividades, mas não me lembro de uma única participação, fala, censura ou seja lá o que for diante dos recentes episódios. A única coisa que me lembro e que me causou espécie, foi a revelação da sua participação na farra das passagens aéreas, com explicação tímida e providência óbvia.
Fico a me perguntar se a sua concepção do Bolsa Família passa pelo nepotismo do emprego da família nas tetas do erário. Afinal é uma forma de Bolsa Família. Dinheiro público para parentes menos agraciados na vida, sem mandato parlamentar, que não merecem ficar vendo o iluminado eleito se lambusando e eles à deriva. Por que não vi, não li, nem soube, da sua posição quanto a isto?
Se você está no Senado desde 1990, como pôde passar todo este tempo sem nunca ouvir que algo de estranho acontecia nos subterrâneos do poder legislativo? Nunca ninguém lhe contou da casinha que o Agaciel tem? Nunca lhe passou pela cabeça que havia muito cacique para pouco índio nas diretorias do Senado? Nunca lhe passou pela cabeça perguntar como pode a Gráfica do Senado ter mais de mil funcionários e oitenta por cento deles na ociosidade?
Há algo de estranho neste seu silêncio, especialmente em quem já fui muito combativo e independente. Qual a sua posição diante do enquadramento do Lula, exigindo a sustentação do Senador do Amapá que mora em São Luís na presidência do Senado? Qual a tua posição quanto ao circo montado na composição do Conselho de Ética e especialmente na escolha do presidente?
Gostaria de ver você atuando como já fez. Mas, hoje por hoje, estou é decepcionado com você e meu voto você não recebe mais.
terça-feira, 14 de julho de 2009
CADÊ OS PROFETAS?
terça-feira, 7 de julho de 2009
OBRIGADO, DEUS, PELOS DOIDOS
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Tõ com dó dele
Que culpa tem ele que o motorista/mordomo, empregado há muito no Senado, faça coisas menores para atender coisas da família e para isso receba um salário nababesco? Que culpa pode ter uma pessoa que, imbuída dos mais altos valores cristãos da solidariedade e amor ao próximo, empresta um imóvel funcional a um ex-senador enfermo e autoriza uma viúva de um ex-empregado a morar em imóvel público?
Que culpa tem se nunca soube que seus netos eram empregados de senador, que os empregou porque devia favores ao avô? Que culpa tem se nunca deu ouvidos à rádio-corredor e nunca soube de “coisas” que aconteciam dentro da casa que administra? Que culpa tem se entendeu que seu mandato é para lidar com questões políticas e não para limpar as latas de lixo da cozinha, coisa que, a bem da verdade, não são para uma pessoa do seu naipe?
Que culpa tem se um neto que fez cursos em Harvard na área de economia, abre um negócio de gerenciamento de créditos consignados e consegue mediar tais negócios com funcionários da casa que o avô administra?
É muita “mídia marronzista” (que saudade do Odorico Paraguaçu). É trama insólita da oposição que não gosta do seu apoio ao presidente Lula. Se ele é culpado e deve renunciar, que renunciem também todos os outros senadores que nada sabiam tanto quanto ele, que também tiveram parentes empregados e viajaram de graça. Tadinho dele. Tô do teu lado Sarney...
Só peço um emprego de motorista/mordomo. Afinal, sou o único a defendê-lo nessas horas difíceis. Por favor, não se esqueça de mim, ainda que não seja parente...