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terça-feira, 26 de março de 2013

OS MEUS DOIS NEURÔNIOS ESTÃO FERVENDO


Um dos dois neurônios que tenho está fervendo. O outro está em estado de convalescência. Eles nunca funcionaram bem, mas, desde a semana passada, entraram em curto-circuito. Por todos os meios e exercícios tentei reanimá-los, mas estão em pane.
A coisa começou na semana passada quando li que o Conselho Federal de Medicina decidiu propor que o aborto seja legal até o terceiro mês de gestação. Segundo o presidente do CFM, Roberto Luiz d'Avilla, “é inaceitável que mulheres morram em abortos realizados sob condições inseguras”. Ele também criticou “a desigualdade de meios à disposição de mulheres ricas e pobres que desejam interromper a gravidez. A realidade dos fatos mostra as mulheres fazendo aborto com uma grande iniquidade. As ricas em condições seguras e as pobres, totalmente inseguras. E elas [as pobres] é que estão enriquecendo as estatísticas de mortalidade e de morbidade. Ou seja, as complicações, perdendo útero, perdendo partes do intestino, morrendo. Isso que não é possível. Essa desigualdade é inaceitável do ponto de vista médico".
O que me deixa intrigado é a lógica utilizada. Na argumentação se diz que os abortos ilegais produzem muitas mortes (terceira causa de morte em gestantes) e internações na rede pública, em função dos procedimentos inadequados. O que sobra para o Estado são as “pobres”, porque as ricas têm como arcar com os custos. Qual a garantia que a legalização dará às pobres condições seguras de praticar o aborto? Ou a consequência disto é prover clínicas de aborto do SUS?
Por outro lado, a salvaguarda da vida da mãe é determinada pela morte certa de um inocente. O possível risco de vida da mãe determina a morte certa do feto. Mais: em um momento em que se têm inúmeros métodos de controle da natalidade (até camisinha grátis o governo tem dado), engravidar pode ser visto como irresponsabilidade ou descuido. Esta atitude vitima quem não teve nada a ver com a história: o feto, a criança. A sentença da morte certa, feita de forma correta e legalizada!
A segunda pancada no meu teco veio da proposta encaminhada pelos redatores do novo Código Penal Brasileiro. Outra vez a lógica me deu nó neural: criminaliza-se o racismo, a homofobia, mas se legaliza a morte via aborto. É crime afirmar ser contra a homossexualidade, mas será avalizada, talvez até com dinheiro público via SUS, quem quiser interromper uma vida embrionária.
Ainda que seja pastor, não me valho de argumentos teológicos ou religiosos para expor minha indignação. Poderia fazê-lo e o farei em outra oportunidade. Quero, sim, explicitar a lógica de dois pesos e duas medidas. É crime racismo, mas é legal o aborto. É crime a homofobia, mas é legal a interrupção da gravidez. Denegrir alguém é mais crime que matar alguém!
Só espero que não venham com mais coisas e acabem inviabilizando o neurônio que sobrou. É verdade que ele levou um belo tranco com as eleições dos presidentes do Senado e Câmara. Mas os meus neurônios estão com a saúde frágil. E o SUS não tem tratamento para eles.
Marcos Inhauser

terça-feira, 19 de março de 2013

MUDANÇAS À VISTA?

Quando da eleição do sucessor de João Paulo II, escrevi aqui que foi eleito quem já era. Dizia eu: “Os cristãos mais progressistas da América Latina, notadamente os que se alinharam à Teologia da Libertação, às comunidades Eclesiais de Base ... e ao movimento ecumênico ... não estão ... satisfeitos com a eleição do Cardeal alemão Ratzinger como o novo papa ... Creio até que este mesmo sentimento está presente em todos os que esperavam um papa ... mais alinhado com os novos tempos, com as descobertas da ciência, com as grandes questões sociais, éticas e políticas deste início de século XXI. Não há como esquecer que ... Ratzinger foi a eminência parda por trás do pontificado de João Paulo II, quem, como ideólogo influente dentro da estrutura de poder do Vaticano, colocou muitas das cores que marcaram o último pontificado. Com ... certeza, saiu dele a orientação para uma maior centralização do poder em Roma, retirando dos cardeais e bispos ... espaços de poder, quem determinou uma linha teológica ... conservadora, quem foi o ideólogo para o desmonte da Teologia da Libertação, quem esteve por trás das disciplinas de Leonardo Boff, Hans Kung e outros que ousaram levantar uma voz destoante da afinação decretada pelo Vaticano” (20/04/2005).
Tenho para comigo, e há muitos que vão discordar, que o papado de Ratzinger foi um dos mais fracos do último século. Quando da sua renúncia escrevi: “Especulo ... que Bento XVI nunca foi unanimidade na igreja. Uma coisa é o discurso formal, o rosário de elogios que bispos fazem. Outra ... é o que vai na alma e no coração. Converso com muitos católicos, clérigos e leigos, e nunca percebi que a eleição de Bento XVI fosse consenso. Houve quem tivesse dito que tiveram que engolir a eleição “goela abaixo”. Por suas posições quanto à Teologia da Libertação, ele tinha sérios questionamentos por parte de latino-americanos. Questionado na sua eleição, no seu posicionamento teológico (essencialmente conceitual, tratando de temas que não são pertinentes à realidade de povos da África, Ásia e América Latina) e enfrentando a luta por espaço por parte de grupos que atuam no interior da Cúria, só lhe restou a renúncia.”
Talvez eu tivesse que acrescentar: renunciou ao papado quem nunca foi papa.
A eleição do Cardeal Bergoglio indica, pelos primeiros sinais, mudanças. A primeira na suntuosidade e opulência que os anteriores costumavam ostentar. A segunda, a escolha do nome que, se for harmônica com os princípios de Francisco de Assis, será um papado franciscano, voltado aos pobres e com preocupação ecológica (coisas que já foram sinalizadas pelo novo papa). A terceira, sua vocação pastoral e não acadêmica. Ele é mais de abraçar e sorrir que produzir encíclicas sobre temas que não são preocupação dos fiéis, como foi o caso do seu antecessor.
Resta saber como ele tratará os temas da Cúria, do Banco e dos crimes sexuais de pedofilia. No entanto, esperar mudanças mais radicais em temas como casamento de padres, homossexualidade, aborto, controle da natalidade, uso de preservativos, é esperar milagre.
Marcos Inhauser

quarta-feira, 13 de março de 2013

O SERMÃO DO BÊBADO


Estávamos em uma fase difícil na igreja. Problemas com o antigo pastor, um grupo de membros havia deixado a comunidade, éramos poucos questionando por que Deus estava permitindo tudo aquilo. Um domingo, quando éramos meia dúzia reunidos, com um sentimento de desânimo que pairava no ar, uma membro disse enfaticamente: “eu não sinto mais Deus no nosso meio. Tivemos tantos problemas e estou tão desmotivada que não sei o que fazer. Quando vinha para cá hoje tive esta certeza – Deus não está no nosso meio”.
Ficamos em estado de choque. Todos nos perguntávamos o que estava acontecendo e no nosso íntimo questionávamos se Deus era conosco. Ela teve a coragem de explicitar a pergunta que todos fazíamos no íntimo.
O pastor iniciou o culto. No meio dele escutamos um barulho dentro do salão onde nos reuníamos e uma voz reclamando. Era um bêbado que havia entrado de bicicleta e tudo e tinha caído. Fomos ajuda-lo a se levantar e ele perguntou se era uma reunião de igreja. Dissemos que sim e ele pediu para participar.
Mal o pastor retomou a palavra ele o interrompeu, querendo falar algo, sem nexo e com a voz empastada pela bebida. Outra vez o pastor tentou falar e ele interrompeu. O pastor perguntou se ele queria dizer algo à igreja e ele respondeu afirmativamente. Olhando para todos nós, como que para saber o que pensávamos, ele sentiu o apoio da comunidade e disse ao bêbado: “pode falar que vamos te ouvir. Depois de você eu vou falar e você vai me ouvir quietinho. Certo?”
Aquele homem se transfigurou. Não era mais o bêbado que havia entrado de bicicleta e caído. Parecia sóbrio. Sua história foi mais ou menos a seguinte:
“Desde pequeno minha mãe me ensinou as coisas sobre Deus. Um dia perguntei a ela onde Deus morava e por que nunca o tinha visto. Ela me disse que ele morava no céu e que não se podia ver a Deus por causa da sua glória. Na adolescência, intrigado com o fato de Deus existir ou não, raciocinei que, se Deus mora no céu, eu devia ir ao local mais alto que conhecesse e lá pediria que ele provasse para mim que ele existia. Subi ao monte mais alto que tinha na minha cidade e no alto dele clamei pedindo que Deus, se de fato existisse, se revelasse a mim. Nada aconteceu. Fiquei ali parado esperando. Acabei dormindo. Em certo momento, fui despertado por um vento que bateu e da árvore debaixo da qual eu estava caíram flores perfumadas e me cobriram de perfume e senti naquele momento que era Deus dizendo para mim: eu existo.
Nunca mais senti aquele perfume, mas nunca o esqueci. Mais de trinta anos se passaram e hoje, quando estava passando em frente deste templo, senti o mesmo perfume que me cobriu lá no alto da montanha. E eu entrei. E entrei para dizer para vocês que Deus está aqui no meio de vocês. Nunca duvidem disto”.
Aquilo caiu como bomba em nosso meio. Ficamos quietos e chorávamos. Depois de um longo tempo de silêncio, o pastor disse: “não há mais nada a dizer hoje. Já recebemos a Palavra de Deus”.
Estávamos mortos pelo desânimo. Sem pedir licença e da forma mais inesperada possível ele vem à comunidade. Entra atropelando, atropela o andamento do culto e pede a palavra. Em sã consciência ninguém daria a ele a oportunidade de falar. Fomos movidos a fazer uma loucura.
Descobrimos Deus se movendo entre nós, usando alguém que não tinha credenciais eclesiásticas. Ele foi o instrumento de Deus para nos trazer nova vida, nova esperança, novo começo. O bêbado foi usado por Deus para nos dar novo ânimo, ele frutificou em nosso meio, nos levou de volta a Deus e até hoje a igreja é edificada pela palavra que ele nos trouxe.
Marcos Inhauser

quinta-feira, 7 de março de 2013

ISTO É UM BEÇURDO!


Quase analfabeto, tinha três habilidades que eu admirava. A capacidade de ficar de cócoras, sentado sobre os pés, por longos períodos de tempo. Era uma posição fetal, que ele gostava de ter. Acocorado, pegava um pedaço de madeira e ficava a rabiscar coisas no chão de terra e a conversar. A outra era seu vocabulário peculiar. Tinha dificuldade em pronunciar palavras que tivessem uma consoante muda (objeto virava bejeto, opção virava opição, psicologia era pronunciada como pissicologia, etc.). Admirava também sua capacidade em fazer diagnósticos, quase sempre simplistas e reducionistas, mas pronunciado com a certeza dos deuses.
Quando ouvia algo que lhe parecia estranho ou fora da normalidade, lá vinha a sentença: “isto é um beçurdo”.
Lembrei dele na quarta-feira, quando do jogo no Pacaembú, com os portões fechados. Se ele tivesse ouvido ou visto a coisa, teria proferido a sentença. E no que pese a sua incapacidade de aprofundar na análise dos fatos, devo dizer que eu concordaria com ele.
É um beçurdo que o Corinthians e sua torcida tenham sido penalizados por algo que, no frigir dos ovos, também é culpa do time de Oruru e da polícia boliviana, que não teve condições de garantir a segurança no estádio.
É um beçurdo que, mesmo tendo identificado dois autores (outro beçurdo, porque se sabe que só um é o responsável pelo sinalizador), toda uma torcida que não esteve no estádio de Oruru tenha sido penalizada.
É um beçurdo que, mesmo com a confissão de um adolescente (que pode vir a se comprovar ser outro beçurdo para livrar a cara dos reais culpados), um prejuízo de mais de dois milhões tenha sido importo ao time brasileiro.
É um beçurdo que uma instituição não brasileira tenha o poder de cercear a liberdade de assistir a um jogo, com ingressos vendidos e jogo realizado em solo nacional.
É um beçurdo que os quatro que entraram na justiça e ganharam o direito de entrar, tenham sido aconselhados a não fazer valer seu direito, porque isto poderia ser mal interpretado pela Conmebol e que complicaria a vida do time brasileiro.
É um beçurdo que a Conmebol só agora tenha instituído uma comissão para analisar os atos de violência que ocorrem na Libertadores, onde policiais com escudo devem proteger quem vai bater um escanteio, radio, pilhas e outros “bejetos” sejam lançados em campo, sem que haja alguma punição.
É um beçurdo que não se possa tomar ações legais contra os descalabros das entidades de futebol. Até hoje ninguém me explicou convincentemente porque a Fifa vem ao Brasil e exige a mudança das regras aqui vigentes e libera a bebida nos estádios durante a Copa, que um executivo da instituição diga o que disse o sr. Volke, que exija coisas e condições como se fosse um governo paralelo.
É um beçurdo que eu gaste duas semanas e duas colunas para escrever sobre este assunto.
Espero que o leitor não considere um beçurdo ter lido isto.
Marcos Inhauser

UM SINALIZADOR

Para mim não é coincidência que um sinalizador lançado por um torcedor seja também o sinalizador de uma série de coisas relacionadas à violência social, política e policial que vivemos. O fato em si é o ápice de uma série de fatores que devem ser analisados e considerados.
A primeira sinalização é de que não há nenhum resultado fruto de uma única causa. Querer reduzira morte do jovem boliviano a um sinalizador disparado por alguém é tão estúpido quanto o indivíduo que usou o artefato.
A segunda é que há uma grave falha no sistema de vigilância e policiamento na entrada e comércio de armas e outros artefatos. Um sujeito qualquer (mesmo um adolescente, se se comprovar a história da autoacusação feita) pode comprar por R$ 20,00 um sinalizador na 25 de março.
A terceira é que é fácil atravessar as fronteiras do Brasil para o exterior e vice-versa, portando artefatos que podem ser usados para matar, como foi o caso.
A quarta é que é possível entrar em estádios com artefatos perigosos, dentro de uma mochila, seja ela de um brasileiro, seja de um boliviano (porque fogos de artifício também foram usados pela torcida de Oruro).
A quinta é que, mais uma vez, se sinaliza que as torcidas organizadas estão mais para máfia que para torcida. Sabe-se há bom tempo que há alto índice de sujeitos com passado nada recomendável, dirigindo estas agremiações.
A sexta é que, ao interior das torcidas, a ascensão social e de poder se dá pelo arrojo e destemor na prática de “atos de coragem”. Os novos passam por processos e ritos de iniciação e ganham status à medida que se mostram mais valentes. Isto ficou patente no discurso do adolescente que afirma ter sido ele que atirou o sinalizador para que fosse notado pelos colegas.
A sétima é que, na tentativa de dar uma resposta à pressão popular e internacional, a polícia, a esmo, selecionou um grupo e os prendeu, sem ter conseguido, até o presente momento, comprovar a real participação deles nos eventos trágicos. Um sinalizador não pode ser disparado por duas pessoas e há dois acusados de fazê-lo.
Uma sucessão de violências.
A luta contra a violência precisa mudar e renovar o tecido da vida política. Deve criar nova identidade política, controlada e assumida pelo próprio povo, pela organização dos marginalizados e pelos organismos das classes dominantes.
O aprendizado centrado na crueldade, na violência, na tortura, leva o torturado, o que sofreu a crueldade e a violência a ter um aprendizado que vai gerando na pessoa uma agressividade e violência que ele acaba aplicando no outro, tendo ou não uma voz de comando que o leve a agir. A violência gera a violência.
A fome é tão violência quanto a tortura, a falta de moradia é tão violenta quanto a prisão arbitrária, o sinalizador lançado contra um torcedor é tão violento quanto a prisão indiscriminada e aleatória de torcedores.
A violência é uma força que fere a vida e destrói a liberdade e a dignidades humanas. Ela restringe, controla e determina comportamentos de pessoas, grupos sociais e instituições políticas e culturais.
Tanto quanto em qualquer outro período da história, a violência nos machucou. Juntemos forças para mudar esta cultura.
 Marcos Inhauser

A “ZONA” AZUL

Não acredito que eu seja o único que anda irritado com a deterioração da zona azul na cidade de Campinas. Implantado em 1995, tinha o objetivo declarado de “democratizar a utilização do solo público e facilitar a acessibilidade da população à região central do município”.
A Emdec diz que há 1950 na região central e Guanabara, ao preço de R$ 2,70 pelo cartão da Zona Azul, o que é uma ficção. Quem quiser usar a Zona Azul terá enormes dificuldades para encontrar um posto credenciado que venda o cartão de estacionamento. Quando você acha um que deveria vender porque consta como credenciado, dizem que “não vendem mais porque não compensa”. Foi o que me informou a proprietária de um estabelecimento na Costa Aguiar e que se quisesse comprar teria que fazê-lo com o flanelinha que estava na rua. Perguntei se havia algum outro local credenciado e ela me informou ‘que ninguém mais quer vender porque a Emdec exige que eles comprem uma grande quantidade de cartões, que o investimento é alto e que o lucro é mínimo”. Disse ainda que correm o risco de serem ameaçados por alguns flanelinhas que não querem perder o lucro que tem vendendo a R$ 4,00 e até R$ 5,00 cada cartão. O mesmo aconteceu esta semana na Rua Lusitana e na semana passada na Regente Feijó.
Certa feita, ao estacionar na Avenida Aquidabã, quase cruzamento com a Francisco Glicério, o flanelinha veio me oferecer o cartão, perguntei o preço e, por ser bem mais caro, disse que iria comprar em um posto credenciado (naquele tempo ainda se achavam alguns). Ele ficou bravo e disse que não se responsabilizaria se algo acontecesse ao carro. Eu disse que tinha memória fotográfica e que iria denunciá-lo se algo ocorresse.
Outra feita, fui ao centro, achei uma vaga (raridade!), estacionei e sai em busca de um ponto credenciado e voltei uns 10 minutos depois com o cartão. Perdi tempo e dinheiro: paguei o cartão e ainda levei uma multa.
Outra feita, em frente à Casa de Saúde, estacionei, a mulher queria me vender um cartão pelo dobro do preço. Disse que não e fui a uma papelaria pegar um bloco de sulfite. Quando voltei tinha sido multado e, ao sair, uma pessoa me disse que a própria mulher chamou o amarelinho para me multar.
Quando achava postos credenciados, muitas vezes comprei o talão inteiro para que não mais me acontecesse o que havia ocorrido. No entanto, uma visita de outra cidade, vai ter que ir a um estacionamento e gemer com R$ 6,00 na primeira hora e mais acréscimos por hora adicional. Ainda é mais barato que a multa de R$ 53,20.
Acabo de chegar de Jales. Lá também tem Zona Azul. Só que há funcionários do próprio sistema que vendem os cartões e o preço é de R$ 1,00! Se em uma cidade menor conseguem ao preço de R$ 1,00 manter um funcionário em cada quadra, por que na cidade de Campinas a Zona Azul é esta “zona”?
Marcos Inhauser