Leia mais

Há outros artigos e livros de Marcos e Suely Inhauser à sua disposição no site www.pastoralia.com.br . Vá até lá e confira

Mostrando postagens com marcador erro como sinal da graça de Deus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador erro como sinal da graça de Deus. Mostrar todas as postagens

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

FAÇA AS PAZES COM A IMPERFEIÇÃO

O senso comum diz que ninguém é perfeito. Isto é verdade! Há no ser humano um DNA que tem o gene de imperfeição.
Se for verdadeira a história de que Adão e Eva tiveram dois filhos, um bonzinho e outro que matou o irmão, todos somos descendência de um assassino, de um fraticida. Depois dele teve um Jacó que vivia brigando com o Esaú, um Esaú meio desligado que não pensou duas vezes em trocar o direito de primogenitura por um prato de lentilha, o Saul que mandou matar o melhor amigo do filho, o Davi que mandou matar o marido da amante, o Salomão que gostava da pompa e da circunstância, tanto que arrumou uma coleção de esposas. Isto para ficar nos mais conhecidos.
A imperfeição é um toque da graça da Deus. Porque não acertamos sempre (ou quase nunca), buscamos a ajuda de Deus para vencer as coisas que sabemos não ter a capacidade para fazer certo. Porque erramos e fazemos mal feito, voltamos e temos a benção de refazer e recomeçar. Se nunca acertássemos nada, seríamos depressivos por nascimento. Se sempre acertássemos, seríamos arrogantes, nos achando os “reis da cocada”. A imperfeição nos coloca em nosso devido lugar: seres humanos. Se Deus nos tivesse feito perfeitos, teria concorrência.
O problema não é ser imperfeito. Há algumas atitudes em relação à imperfeição que podemos ter. Ceder a ela e sempre fazer as coisas mal feitas. São as pessoas conformistas e as derrotistas. Valem-se do fato de não sermos perfeitos para fazer pela metade. É ser derrotado de enttrada na guerra com a imperfeição.
A outra atitude é a de não se enxergar e achar que tudo o que faz, faz bem feito. Esta classe de pessoas se coloca como exemplo para tudo e todos, são professores da universidade (porque sabem de tudo e para tudo tem o “jeito certo de fazer”). Estas têm a tendência de se julgarem fortes, que se conhecem, que são bem resolvidas, que tem o controle da situação e do entorno. É achar que pode ganhar a guerra com a imperfeição.
As primeiras são cansativas de se relacionar porque tem a tendência à murmuração, ao azedume. As segundas são difíceis de se relacionar porque são arrogantes e prepotentes.
Estes dois grupos têm o problema de não se enxergar. O primeiro porque não consegue ver que pode fazer algo bem feito. O segundo porque acha que tudo que faz, está bem feito. Ela é o padrão de conduta, comunicação, relacionamentos. Estão mais para peças de museu que para vidas reais.
Uma terceira atitude é a das pessoas que se conhecem imperfeitas, que mesmo no que são bons sabem que podem falhar. Estas, no que pese a possibilidade de falhar, fazem o melhor que podem, ficam frustradas com o que não saiu como queriam, mas depois dão risada da coisa que não funcionou do jeito que esperava ou queria. Entendem que o fizeram ontem e o fizeram bem feito, não é garantia de que, se fizerem hoje, terão o mesmo resultado. Veem a vida com variáveis múltiplas e não como relação de causa e efeito simples.
Assumir a imperfeição é sinal de maturidade. Trabalhar pela perfeição é depender da graça de Deus. Aceitar os tropeços e desacertos é perdoar-se. É fazer as pazes com a imperfeição.

Marcos Inhauser