Já escrevi aqui, quando dos fatos, que: “O resultado da
“eleição” na Câmara ... era, ... o conto
de um final previsível. .. o Pedro não entrou na história de graça. .. tinha e
tem seus objetivos. Seu sonho desde criancinha era ... ser prefeito de Campinas
e conseguiu, ainda que pela via indireta, mesmo porque, se fosse pela urna, eu
tenho minhas dúvidas de que seria eleito. ... na sua trajetória política, é uma
decepção. Em 2010, quando da sua eleição para a presidência da Câmara já se
alertava ... que ele era um dos parlamentares mais ausentes na Câmara. ... Chegava atrasado e ... saia antes de terminar
... a segunda grande decepção: a forma
como conduziu a discussão e aprovação do aumento salarial de 126% (com uma) aprovação
às surdinas e de forma sorrateira?”. ... como acreditar (em quem)
autoconcedeu-se o escandaloso aumento de 126%?.... Causou-me espanto as
afirmações (dele) ... de que o aumento era para que houvesse independência do
legislativo (... confissão de promiscuidade...). ..No dia da eleição, em
entrevista, disse que daria um choque de gestão e que “controlaria a
transparência das contas”. Ato falho? Para mim confissão de um estilo, porque
já mostrou na Câmara como controla a informação quando do episódio do aumento
salarial.
Não sou profeta nem vidente. Leio os fatos e faço análises.
Quando o Serafim saiu candidato, tinha certeza de que não ganharia nem de um
poste. E com as propagandas a certeza foi crescendo, seja pela antipatia e
falta de carisma que sua photox apresentava (foto turbinada a photoshop e botox
que lhe dava uma carinha de adolescente travesso), seja por algumas inverdades
colocadas.
Uma delas é que foi ele “quem pôs a correr a turma do Hélio
e o Demétrio”. Até onde sei e percebi vendo e lendo os fatos dos impeachments,
quem detonou o esquema foi o Ministério Público. Depois a Câmara, nas atuações
de Orsi e Zimbaldi, que capitanearam o processo no legislativo. O Serafim
esteve no processo porque era o Presidente da Câmara e lhe interessava para
realizar o sonho de ser prefeito.
Outra inverdade foi dizer que sua ficha política não tinha
mácula. Ora, o processo de aprovação dos 126% foi transparente? A forma como
foi aprovado não foi eticamente reprovável, tanto que culminou na rejeição
popular e no cancelamento dele pelos envergonhados vereadores? E as nomeações a
rodo na Sanasa para dar guarida a seus interesses eleitorais (também aqui
denunciados)?
Uma coisa não dita pelo prefeito tampão é que ele adora
coisas com mais de 100%. Dados apresentados 15 dias antes da eleição mostravam
que os gastos do gabinete do prefeito tinham aumentado mais de 140% neste ano.
Não foi coincidência que o número do Pedro nesta eleição
tenha sido uma forma de evitar o “6”. Na verdade, seu número deveria ter sido “126”.
Ele escondeu o quanto pôde o “6” de sua candidatura, mas o povo se lembrou que
ele não era 12, mas 126.
Marcos Inhauser