Professor, pastor, teólogo e educador corporativo Textos escritos para a coluna semanal no Correio Popular, da cidade de Campinas e texto escritos depois de 2021, que tratam de temas nacionais, internacionais, sobre igreja e teologia
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terça-feira, 10 de agosto de 2010
GOLS NA PRORROGAÇÃO
Gols na prorrogação não são fatos isolados, acontecem com certa frequência e trazem muita alegria e tristeza, dependendo do time para o qual se torce. O time ganhador verá nos minutos adicionais a providência divina para salvar o time da derrota. Para o perdedor, fica o gosto amargo de ter sido roubado, vítima de erro da arbitragem e tudo o mais que se pode atribuir ao fato.
No que se refere à Copa de 2014 há indícios de que algo parecido está para ocorrer. Nas negociações para quer o país fosse o escolhido para sediar a Copa, muitas cidades se apresentaram como candidatas a sede dos jogos, com promessas de estádios construídos ou reformados, prazos factíveis estipulados, cálculo de custos com as obras, promessa de que não haveria dinheiro público na empreitada, etc.
Passados meses de tais promessas, da escolha das sedes e da largada para o evento, nada ou quase nada foi feito em termos de se atender ao que prometido foi.
Onde se vê alguma coisa sendo feita é na iniciativa privada, em estádios a eles pertencentes. Na esfera pública a coisa vai a passos de cágado. Em muitos casos nem a licitação ainda foi feita.
Isto leva a uma prática comum nos governos municipal, estadual e federal: deixar as coisas para última hora para depois contratar sob regime de urgência, quando preços e sobrepreços sobem astronomicamente. Tal ocorreu por ocasião dos Jogos Panamericanos, quando o orçamento inicial foi estourado várias vezes e até hoje ninguém foi punido. Ao preço elevado das obras em regime de urgência, há também um relaxamento na fiscalização, porque os prazos precisam ser cumpridos e as obras devem ser levadas a “toque de caixa”. Gente extra precisa ser contratada, turnos noturnos são necessários e isto tudo favorece o desvio, a corrupção e o enriquecimento de uns poucos e financiamento de campanhas políticas.
Quem acompanha os noticiários com certa acuidade, notará que as empreiteiras são alvo de denúncias constantes. São também as maiores contribuintes “por dentro” e “por fora” dos partidos e políticos. Não há mês que não apareça alguma investigação que se depare com a participação nada transparente das construtoras, sem que nunca sejam punidas.
A muitas vezes pedida CPI dos Corruptores nunca saiu do papel. O lobby é poderoso e generoso. Há a denúncia de que uma delas pagou as aventuras amorosas e o sustento do filho de um senador, também exímio criador de gados, tendo tudo para ser enquadrado no Guiness pelos sucessivos recordes de produtividade animal. O senador continua lépido e faceiro, dando as cartas na república sindicalista.
Marcos Inhauser
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