Leia mais

Há outros artigos e livros de Marcos e Suely Inhauser à sua disposição no site www.pastoralia.com.br . Vá até lá e confira

Mostrando postagens com marcador ecologia. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador ecologia. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 3 de maio de 2011

POR QUE, VOVÔ?

Dia destes sai com meu neto para ir ao mercadinho e andamos pela rua até lá. Ao caminhar, passamos por um local onde pessoas se sentam debaixo de uma árvore para almoçar. No local havia papel, marmitex e garrafa pet jogados ao léu. Ele ficou indignado e me perguntou: “por que as pessoas sujam o planeta? Será que eles não sabem que isto faz mal para eles e para os outros? Custa muito colocar as coisas no lixo?” Mal tinha acabado de me perguntar estas coisas, ele pegou a garrafa pet na mão. Eu perguntei o que iria fazer com ela, ao que me respondeu: ”encontrar um lixo para jogar”. Devo alertar que se trata de uma criança de cinco anos. O fato me fez refletir e concluir algumas coisas. A primeira delas é que há escolas que estão seriamente empenhadas em ensinar seus alunos a considerar a questão do lixo, da poluição e da ecologia. Graças a Deus ele participa de uma destas escolas. A segunda é que estes temas não passavam nem ao longe das temáticas que foram abordadas no meu tempo de escola, em nenhum dos graus que cursei, nem mesmo no mais recente, quando do doutorado. A terceira é que, graças a Deus, há uma nova mentalidade que vem surgindo e ganhando corpo nas novas gerações. Meu neto não é caso isolado. Em muitas oportunidades vi reportagens sobre escolas que estão trabalhando seriamente a temática, crianças que estão crescendo com consciência ecológica, pais conscientes que estão passando isto aos filhos. A quarta é que há na nova geração uma crítica ao comportamento de adultos que não tem tal consciência. Ele logo perguntou, em tom acusatório, sobre a irresponsabilidade dos que ali fazem seu tempo de descanso diário. Se até a algum tempo os valores que os pais deviam deixar aos seus filhos e netos era a honradez, honestidade e trabalho, hoje, além destas há o cuidado ecológico. As novas gerações, em um tempo não muito no futuro, vão olhar o estrago que estamos fazendo e vão nos acusar de ter destruído o planeta, inviabilizando a vida saudável dele e deles. Confesso que me arrepia pensar no mundo em que meus netos vão viver quando adultos. Dois estão morando em Beijing, uma das cidades mais poluídas do mundo. É verdade que o governo está tentando fazer algo para reverter o quadro (eu já escrevi sobre isto aqui nesta coluna). Os outros dois estão vivendo em Valinhos, menos poluído. Mas o que será do mundo deles daqui a 20 anos? Se nossos filhos e netos nos acusarem de irresponsabilidade, a carapuça estará na medida exata da nossa cabeça, porque muito pouco estamos fazendo para minorar o dano.

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

ECOpenhage

Ia escrever algo a respeito, mas recebi este artigo do meu amigo Marcos Kopeska, que o reproduzo, com edições para caber no espaço. Desde a infância ouço: “Não desperdice água! Não suje a rua! Não corte árvores! Não polua o ar! ...” ... O que hoje matamos faltará amanhã ... Procurando alinhar ... com a Bíblia, vejo ... por outro prisma. A natureza é e sempre será ... aliada da voz de Deus na ... revelação a nós. ... Javéh utiliza-se da natureza para criar ambiência para sua voz. Deus falou com Adão no jardim, com Hagar no deserto, Abraão na montanha, Jacó no riacho e Moisés na sarça ardente. ... Jesus pregou ... o Sermão do Monte. Inúmeras vezes Ele usou montes para orar, praias para pregar e lírios para ilustrar. Deus usou estrelas e grãos de areia para falar de suas promessas a Abraão, de nuvem para guiar seu povo, da rocha para saciar a sede do povo, corvos para cuidar de Elias e uma ilha deserta para revelar mistérios a João. ... Paulo escreve: “...o que de Deus se pode conhecer é manifesto entre eles, porque Deus lhes manifestou ... os atributos ... de Deus ... têm sido vistos ... sendo compreendidos por meio das coisas criadas,...” (Rm 1:19-20). A criação revela o Criador! ... volta-se a Ele em imensa, perfeita e eterna ... ópera, com o solfejar dos mares, o bramido dos rios, o grito dos bichos, o uivo dos ventos, o farfalhar das folhas e o jogo de cores, imagens e movimentos das matas. Nas Escrituras encontramos anjos, homens e natureza ... adorando ao Criador. “Os céus declaram a glória de Deus; o firmamento proclama a obra das suas mãos. ... Sem discurso nem palavras, não se ouve a sua voz. Mas ... ressoa por toda a terra, e as suas palavras, até os confins do mundo.” (Sl 19:1-4) Einsten dizia: "Quanto mais acredito na ciência, mais acredito em Deus. O universo é inexplicável sem Deus". São inúmeras as expressões desta adoração registradas na Bíblia, mas .. estamos calando esta ópera ao Senhor. Como as matas louvarão se reduzidas? Arrancamos o que Deus plantou “como vales que se estendem, como jardins à beira dos rios, como árvores de sândalo que o SENHOR plantou.” (Nm 24:6) mas ... os bosques os transformamos em lenha para alimentar usinas. Os rios querem se apresentar nesta ... adoração: “Os rios batam palmas e cantem de júbilo os montes,” (Sl 98:8); “Levantam os rios ... o seu bramido .. e .. o seu fragor.” (Sl 93:3); mas como levantarão adoração se roubamos sua vida com detergentes, metais pesados e sacos plásticos? Como cantar “As aves do céu cantam para ti / As feras do campo refletem seu poder / Quero cantar ...” ; se engaiolamos aves e matamos feras para vender o couro? Como os ursos adorarão se violamos seu habitat com toneladas de gases que vão para a atmosfera todos os dias? Como as imensas e milenares calotas polares adorarão se estão derretendo silenciosamente e cada placa de gelo que se solta é lágrima da natureza em dor? Estamos tolhendo parte da adoração a Deus. As previsões científicas da comunidade internacional em Kioto, 1997, cumpriram-se mais rapidamente do que se pensava. Copenhage é crucial para as negociações de novos termos e compromisso. O Tratado de Kioto precisou que 55% dos países que produzem 55% das emissões o ratificassem. Entrou em vigor em fevereiro de 2005, 8 anos depois da sua abertura para assinaturas. Oremos pelo Tratado de Copenhage e pela volta da criação à esta imensa adoração. Marcos Inhauser