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terça-feira, 16 de março de 2010

DECLÍNIO DAS IGREJAS

O movimento de “crescimento da igreja” nasceu nos EUA e se propagou mundo afora. Passados alguns anos de euforia, avaliações recentes tem mostrado que “apesar dos milhões de dólares em mídias, milhões de participantes, milhares de preletores, milhares de clínicas, simpósios, conferências, congressos e centenas de métodos e estratégias de marketing, as receitas para crescimento de igreja prescritas pelos norte-americanos não estão funcionando para eles mesmos”. Só as Assembléias de Deus nos EUA cresceram. Todas as demais igrejas históricas perderam membros, segundo relata o Anuário das Igrejas Americanas e Canadenses de 2010. Segundo a publicação, a Convenção Batista do Sul, segunda maior denominação dos EUA e por muitos anos uma das responsáveis pelo crescimento dos evangélicos, relatou um declínio no número de membros pelo segundo ano consecutivo, com menos 0,24%. O Anuário também relata declínio contínuo na membresia de praticamente todas as denominações. A Igreja Católica sofreu perda de 1,49%. A situação pode ser ainda pior, pois onze das 25 maiores igrejas não atualizaram seus relatórios. Entre elas: a Igreja de Deus em Cristo, a Convenção Batista Nacional e a Convenção Batista Nacional da América, respectivamente a 5ª, 6ª e 8ª maiores denominações nos EUA. Ainda mais crítica seria a situação se a maioria dos imigrantes não fosse oriundos de países com fortes tradições religiosas e que tem dado mais consistência a estes números. Mesmo as Assembléias de Deus cresceram tímidos 1,27%, de acordo com valores apresentados no Anuário. As igrejas com maiores percentuais de declínio são: a Igreja Presbiteriana dos EUA, com -3,28%; as Igrejas Batistas Americanas nos EUA, -2,00%, e a Igreja Evangélica Luterana na América, -1,92%. Os números relatados no anuário 2010 foram coletados pelas igrejas em 2008 e enviados ao Anuário em 2009. Segundo Julia Duin, editora de religião do The Washington Times, o percentual da população americana que é membro de alguma igreja – incluindo mórmons e testemunhas e Jeová, alcança hoje 49%, totalizando 147,3 milhões, pouco menos de metade da população americana". No Canadá, o quadro é ainda mais dramático. Mantido o percentual de declínio, que hoje totaliza 13.000 membros/ano apenas na Igreja Anglicana, em 2061 só haverá um só anglicano no país. (As informações acima foram retiradas da Revista Soma em artigo escrito por Philippe Leandro). Minha experiência em contato com vários líderes de denominações históricas me mostra que a situação no Brasil não é diferente. Ainda que não tenhamos números precisos o bastante para nos dar uma visão mais clara, há a constatação generalizada de declínio também nos vários ramos presbiterianos, metodistas e luteranos. Talvez os Batistas não enfrentem a coisa mais agudamente, mas creio que é questão de tempo. O que tem levado a isto? Uma pergunta que tentarei refletir e responder na próxima coluna. Marcos Inhauser

Um comentário:

  1. O protestantismo histórico prova de seu próprio veneno.Ora,não é livre o exame da Bíblia ? Então arvoram-se os novos leitores e "intérpretes" da Bíblia na edificação de novas denominaçõese com novas doutrinas. O processo é o mesmo.Um crente discorda de outro e já surge uma nova denominação.Não poderão deter os pentecostais.Por isto se diz: "Bem aventurado aquele que não se condena naquilo que aprova." Como podem interromper o avanço das seitas se elas crescem pelo mesmo processo que os reformadores criaram ? Os reformadore contestaram a infalibilidade papal.Por que alguém deveria confiar nos critérios de um protestante se ele mesmo diz que não há ninguém “infalível” ? Como pretende este protestante convencer alguém de sua doutrina se o outro que lhe ouve deve acreditar antes de qualquer outra coisa que ninguém é confiável ?

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