Leia mais

Há outros artigos e livros de Marcos e Suely Inhauser à sua disposição no site www.pastoralia.com.br . Vá até lá e confira

Mostrando postagens com marcador serviço de saúde. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador serviço de saúde. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 2 de maio de 2018

HAJA PACIÊNCIA!!

HAJA PACIÊNCIA!

O fato ocorreu no Posto de Saúde da Parque da Figueira, no dia 26 último. Ainda que se trate de uma unidade específica, creio que é paradigmático do que ocorre nas demais.
Consciente da necessidade e diante da massiva propaganda, fui ao Posto de Saúde para tomar minha vacina contra a gripe, uma vez que estou incluído na condição de terceira idade. Lá cheguei às 13:30. Para minha surpresa, um cartaz na porta avisava que iriam atender a partir das 14:00 horas. Na frente já haviam outros seis idosos e duas mães com crianças. Havia um certo desconforto pelo fato de o posto de saúde estar fechado para a vacinação e por duas horas.
O pessoal começar a organizar a fila dos que chegavam e havia certo conformismo com a situação, ainda que resmungos se ouviam na fila. Quando deu as 14:00 horas nada de abrir a porta, deu 14:05 nada. Às 14:10 uma pessoa da fila, já mais inquieta e contrariada, foi ver o que estava acontecendo. Voltou dizendo que “havia um monte de gente de branco conversando no corredor e que lhe disseram que estavam arrumando as coisas”. Se ela saiu meio irritada voltou completamente irritada. Às 14:25, como não abriam a porta, uma pessoa bateu forte. Pouco tempo depois ela foi aberta e não havia nenhum funcionário para orientar. O pessoal procurou manter a fila organizada.
Demoraram mais uns cinco minutos sob a alegação de que estavam arrumando as coisas. Quando, finalmente começaram a atender, um senhor que usava um jaleco de Agente de Saúde, se postou à porta e, sem considerar a fila que havia, começou a mandar entrar.
Houve reação e uma funcionária veio dizendo que devíamos nos organizar em fila porque, caso contrário, não seríamos atendidos. Foi retrucada sob a alegação de que a fila existia e quem instituiu a muvuca foram eles.
Havia gente idosa com problema de locomoção que, por administração dos presentes, foram sendo passados na frente. O Agente de Saúde, figura desnecessária na função de porteiro, uma vez que o pessoal, ainda que irritado com a demora, sabia se organizar. Mas estava ele à porta impedindo a entrada de algum “intruso”.
Eu estava intrigado com a demora em atender cada um dos que à frente estavam. Quando chegou a minha vez, constatei que havia uma funcionária para solicitar as carteiras de vacinação e documento de identidade, anotar dados pessoais, carimbar na carteira e, depois disto, a vacinadora fazia seu serviço. Para cada pessoa que era “registrada”, a vacinadora poderia ter vacinado outras três.
Se houvesse, ao menos mais uma para registrar os dados (coisa burocrática e desnecessária, uma vez que, duvido que estes dados tenham algum dia sido consultados, a não ser para saber a quantidade de pessoas vacinadas) a coisa seria no mínimo duas vezes mais rápida.
Sai dali uma vez mais convencido da morosidade, incompetência, desídia do sistema de saúde e do funcionalismo público (ainda que reconheça que há gente trabalhadora, mas, confesso, encontrei poucas para me atender e quando isto aconteceu, fiz questão de registrar neste meu espaço semanal.
Há que se ter paciência enquanto os responsáveis por estes fatos estão mais preocupados com seus holerites e sindicato, fazendo paralisações a torto e direito.
Marcos Inhauser