HAJA
PACIÊNCIA!
O fato ocorreu no
Posto de Saúde da Parque da Figueira, no dia 26 último. Ainda que se trate de
uma unidade específica, creio que é paradigmático do que ocorre nas demais.
Consciente da
necessidade e diante da massiva propaganda, fui ao Posto de Saúde para tomar
minha vacina contra a gripe, uma vez que estou incluído na condição de terceira
idade. Lá cheguei às 13:30. Para minha surpresa, um cartaz na porta avisava que
iriam atender a partir das 14:00 horas. Na frente já haviam outros seis idosos
e duas mães com crianças. Havia um certo desconforto pelo fato de o posto de
saúde estar fechado para a vacinação e por duas horas.
O pessoal começar a
organizar a fila dos que chegavam e havia certo conformismo com a situação,
ainda que resmungos se ouviam na fila. Quando deu as 14:00 horas nada de abrir
a porta, deu 14:05 nada. Às 14:10 uma pessoa da fila, já mais inquieta e
contrariada, foi ver o que estava acontecendo. Voltou dizendo que “havia um
monte de gente de branco conversando no corredor e que lhe disseram que estavam
arrumando as coisas”. Se ela saiu meio irritada voltou completamente irritada.
Às 14:25, como não abriam a porta, uma pessoa bateu forte. Pouco tempo depois ela
foi aberta e não havia nenhum funcionário para orientar. O pessoal procurou
manter a fila organizada.
Demoraram mais uns
cinco minutos sob a alegação de que estavam arrumando as coisas. Quando,
finalmente começaram a atender, um senhor que usava um jaleco de Agente de
Saúde, se postou à porta e, sem considerar a fila que havia, começou a mandar
entrar.
Houve reação e uma
funcionária veio dizendo que devíamos nos organizar em fila porque, caso
contrário, não seríamos atendidos. Foi retrucada sob a alegação de que a fila
existia e quem instituiu a muvuca foram eles.
Havia gente idosa com
problema de locomoção que, por administração dos presentes, foram sendo
passados na frente. O Agente de Saúde, figura desnecessária na função de
porteiro, uma vez que o pessoal, ainda que irritado com a demora, sabia se
organizar. Mas estava ele à porta impedindo a entrada de algum “intruso”.
Eu estava intrigado
com a demora em atender cada um dos que à frente estavam. Quando chegou a minha
vez, constatei que havia uma funcionária para solicitar as carteiras de
vacinação e documento de identidade, anotar dados pessoais, carimbar na
carteira e, depois disto, a vacinadora fazia seu serviço. Para cada pessoa que
era “registrada”, a vacinadora poderia ter vacinado outras três.
Se houvesse, ao menos
mais uma para registrar os dados (coisa burocrática e desnecessária, uma vez
que, duvido que estes dados tenham algum dia sido consultados, a não ser para
saber a quantidade de pessoas vacinadas) a coisa seria no mínimo duas vezes
mais rápida.
Sai dali uma vez mais
convencido da morosidade, incompetência, desídia do sistema de saúde e do
funcionalismo público (ainda que reconheça que há gente trabalhadora, mas,
confesso, encontrei poucas para me atender e quando isto aconteceu, fiz questão
de registrar neste meu espaço semanal.
Há que se ter
paciência enquanto os responsáveis por estes fatos estão mais preocupados com
seus holerites e sindicato, fazendo paralisações a torto e direito.
Marcos
Inhauser
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