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domingo, 26 de março de 2023

ESTUDOS SOBRE CULTO E LITURGIA IV

 ELEMENTOS DO CULTO

Há vários elementos que fazem parte do culto público:

  1. 1.)   Leitura bíblica
  2. 2.)   Orações
  3. 3.)   Cânticos
  4. 4.)   Compartilhamento de alegrias e preocupações
  5. 5.)   Ensino
  6. 6.)   Ceia
  7. 7.)   Batismo
  8. 8.)   Ágape
  9. 9.)   Unção de enfermos
  10. 10.)                      Comprometimento
  11. 11.)                      Benção

Todos os cultos devem ser cristocêntricos, ou seja, Jesus deve ser o centro de todas as ações que ocorrem durante o culto. Nada deve ser mais vistoso, chamativo, importante que Jesus. O pregador, o que dirige o louvor, os testemunhos, as orações, o ensino, tudo deve ter Cristo como referência e objetivo. O culto que fala mais de Satanás que de Cristo, perde sua validade. O culto que fala mais do pecado que do perdão que Jesus oferece, deixa de ser um culto cristocêntrico.

a.)   Leituras bíblicas

Devem ser feitas em textos curtos, de preferência acompanhados pela congregação, em versão bíblica acessível aos participantes. Deve-se evitar traduções que usam termos difíceis ou construções de frases complicadas. Se alguma palavra ocorre que não seja do entendimento da maioria, o leitor deve explicar o sentido dela, sem pregar um sermão sobre o significado.

As leituras dos Salmos devem estar presentes, ainda que existam outros salmos em outras partes (ex. Cântico de Débora, Orações de Habacuque e Jonas, alguns textos do Apocalipse, etc.)

A outra leitura é a que servirá de base para o estudo comunitário ou para a pregação. Deve ser curto e que enfoque o assunto e tema a serem tratados no ensino.

b.)  As orações públicas podem ser feitas pelo dirigente ou por pessoa convidada a fazê-lo. Deve-se ter em mente que as orações podem ser de:

a.      De louvor

b.     De agradecimento

c.      De súplica

d.     De intercessão

e.      De confissão

f.       De compromisso.

Cada uma destas deve ser feita no momento apropriado, durante o desenvolvimento da liturgia.

c.)   Os cânticos: devem ser em harmonia com o tema que vai ser ensinado, e não uma coletânea aleatória deles. Deve haver unidade nas mensagens dos cânticos, para que não se passeie pelos mais variados temas ou sejam eles escolhidos porque deixam a congregação animada.

d.)  Compartilhamento de alegrias e preocupações, é um tempo em que as pessoas têm a oportunidade de contar por que estão tristes ou preocupadas e pedir que a congregação ore agradecendo ou intercedendo

e.)   Ensino: se dá pelo estudo comunitário de um texto sugerido, quando todos têm a oportunidade de trazer a sua interpretação e aplicação às vidas. Não é um que ensina, mas todos participam do ensino e do aprendizado. É a oportunidade em que todos os dons presentes possam contribuir.

A outra forma de ensino é através da pregação, quando a pessoa encarregada escolhe o texto e tira dele o ensino para a congregação.

f.)    Todo culto deve levar os participantes a uma renovação do compromisso com o Reino, de comprometer-se em viver o que acaba de ser ensinado. Sem isto, o culto não alcançará seus objetivos.

g.)  Benção: todos os cultos devem terminar com a invocação da benção sobre a congregação, pedindo a Deus paz, a resposta às orações feitas, a capacidade para viver cristãmente, a benção de Deus sobre as vidas.

A benção é um envio do povo para ir ao mundo e ser luz e sal.

PERGUNTAS PARA REFLEXÃO

Você consegue perceber estes elementos presentes nos cultos que você frequenta/participa?

Quando, durante um culto, o dirigente do louvor faz de tudo para ser notado, canta fazendo “encenações”, você acha que é isto cristocêntrico?

Quando o pregador fala mais de Satanás que de Cristo, isto pode ser considerado um culto cristão?

Como você reage à afirmação: “há igrejas que não passam de um microfone rodeado de gente, buscando espaço para brilhar nos holofotes do púlpito”?

Você já esteve em um culto que o dirigente lê um capítulo inteiro e que ninguém se lembra do que o texto fala?

Você se lembra de algum pregador que leu um texto enorme e usou uma frase de todo o texto para seu sermão?

Nos cultos que você tem participado fazem a leitura dos Salmos?

Você se lembra de alguma vez que um texto diferente foi lido como salmo?

Quantos estudos e ou sermões você já ouviu com base em livros do Antigo Testamento?

Você concorda com o estudioso que disse que “para muitos, o Antigo Testamento é comer caranguejo: muito trabalho para pouca carne?

Você já ouviu gente orando na igreja fazendo orações que não acabam nunca?

Você já percebeu que quando se pede uma oração de gratidão as pessoas acabam pedindo e não conseguem só louvar ou agradecer?

Qual a diferença que você faria para orações de súplica e de intercessão?

Nos cultos que você tem participado, há tempo para a confissão de pecados?

Há lugar no culto para um tempo de orações silenciosas?

Como são escolhidos os cânticos nos cultos que você participa?

Eles têm sequência no tema, ou é uma salada de coisas?

Há unidade de tema neles, ou cada um diz uma coisa?

Você se lembra de haver cantado em algum culto um hino ou corinho que fosse mais suave, mais calmo, às vezes cantado a meia voz?

Nos cultos que você tem participado há um tempo dedicado para que as pessoas compartilhem suas histórias e peçam que orem por elas, ou só fazem o pedido, ou ainda, mandam o pedido por escrito?

O ensino nos cultos que você participa trata sempre de uns poucos temas, ou há a preocupação de ampliar e buscar os mais variados temas?

Há repetição contínua de frases e\ou jargões nos sermões?

Se se toma o Pai Nosso como referência para o ensino, onde se trata de Deus como Pai, da santidade de Deus, da santidade dos adoradores, do cumprir a vontade de Deus, de perdoar, de ser perdoado, de pedir o alimento nosso (o que significa pão também para o próximo), você vê que o ensino nos cultos abrange esta variedade de temas?

É possível um culto sem cânticos?

É possível um culto sem pregação?

Quantas vezes, durante ou ao final de um culto você se sentiu movido\a a renovar seu compromisso com o Reino?

Qual o nível de mudança que você percebe na sua vida por ter participado dos cultos?

O que mais mudou em você: foi pelo ensino, pelos cânticos, ou testemunhos?

É costume encerrar um culto com a benção?

Se não é, na sua opinião, a que se deve isto?

Se sim, como você se sente ao receber a benção?

Você acha que isto te ajuda a lidar com os problemas diários?

Marcos Inhauser

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