O PT não tem
sido muito feliz na composição dos seus quadros. Um partido que teve Delúbio,
Zé Dirceu, Genoíno, José Mentor, João Paulo, Silvio Pereira, entre outros de
menor expressão, tem agora uma figura emblemática: Cândido Vaccareza, que
melhor seria identificado como Vaggareza.
Ele é
um ginecologista, filiado ao PT, eleito suplente de deputado estadual em São Paulo (1998). Reelegeu-se em
2002 e em 2006 elegeu-se deputado
federal. Foi líder do partido de fevereiro de 2009 a 2012. Neste período protagonizou alguns
episódios de fidelidade canina ao Lula e à Dilma.
Mas,
desde que deixou a liderança, algo mudou nele. Indicado a fórceps como líder da
comissão encarregada de apresentar proposta de reforma política, ele honrou seu
nome: deu uma de vagareza.
No
que pese o fato de que a Dilma, atabalhoada com as manifestações de rua, ter
acelerado propostas e derrapado nas curvas da política, ela nunca deixou de
afirmar que queria a reforma política para as eleições de 2014. O deputado, não
lendo as manifestações contrárias à sua indicação pelo presidente da Câmara,
nem atento aos anseios da sua bancada que queria outro deputado na condução dos
trabalhos, insistiu em continuar. Sua renúncia foi pedida e ele se fez de
ouvidos moucos.
Ele quer flexibilizar a utilização das redes sociais pelos
candidatos. Para ele as “redes sociais são extensão do escritório. Só me aceita
quem quer e só aceito quem eu quero. Portanto, está 100% liberado. Posso entrar
na minha rede social e dizer que vou ser candidato e pedir que vote em mim. Não
posso ser punido por isso”, alegou.
Também quer modificar dispositivo da Lei da Ficha Limpa que beneficiaria gestores reprovados pelos tribunais. Vaggareza afirmou que a proposta de lei complementar estava pronta e seria levada ao colégio de líderes. Depois de muitas críticas, deu uma recuada estratégica.
Algumas das propostas são: para a quitação eleitoral, o candidato precisará apenas comprovar que votou; havendo cassação, ocorrerá uma nova eleição para decidir quem assume a vaga; o político poderá dizer que é candidato a qualquer momento; poderá usar as redes sociais para fazer campanha.
Também quer modificar dispositivo da Lei da Ficha Limpa que beneficiaria gestores reprovados pelos tribunais. Vaggareza afirmou que a proposta de lei complementar estava pronta e seria levada ao colégio de líderes. Depois de muitas críticas, deu uma recuada estratégica.
Algumas das propostas são: para a quitação eleitoral, o candidato precisará apenas comprovar que votou; havendo cassação, ocorrerá uma nova eleição para decidir quem assume a vaga; o político poderá dizer que é candidato a qualquer momento; poderá usar as redes sociais para fazer campanha.
O mais preocupante é que ele quer deixar a reforma política,
tal como ocorreu em tantas outras oportunidades, para sabe Deus quando. Ao afirmar
que não há tempo hábil para uma reforma, plebiscito, referendo ou consulta
popular, ele dá marcha de vaggareza ao processo que as ruas pedem urgência.
A depender de um líder de comissão como ele, que não consegue
se afinar com o seu partido, com os colegas, com a Dilma e com o povo, que
reforma política pode vir?
Marcos Inhauser