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quarta-feira, 24 de julho de 2013

CÂNDIDO VAGGAREZA

O PT não tem sido muito feliz na composição dos seus quadros. Um partido que teve Delúbio, Zé Dirceu, Genoíno, José Mentor, João Paulo, Silvio Pereira, entre outros de menor expressão, tem agora uma figura emblemática: Cândido Vaccareza, que melhor seria identificado como Vaggareza.
Ele é um  ginecologista, filiado ao PT, eleito suplente de deputado estadual em São Paulo (1998). Reelegeu-se em 2002 e em 2006 elegeu-se deputado federal. Foi líder do partido de fevereiro de 2009 a 2012. Neste período protagonizou alguns episódios de fidelidade canina ao Lula e à Dilma.
Mas, desde que deixou a liderança, algo mudou nele. Indicado a fórceps como líder da comissão encarregada de apresentar proposta de reforma política, ele honrou seu nome: deu uma de vagareza.
No que pese o fato de que a Dilma, atabalhoada com as manifestações de rua, ter acelerado propostas e derrapado nas curvas da política, ela nunca deixou de afirmar que queria a reforma política para as eleições de 2014. O deputado, não lendo as manifestações contrárias à sua indicação pelo presidente da Câmara, nem atento aos anseios da sua bancada que queria outro deputado na condução dos trabalhos, insistiu em continuar. Sua renúncia foi pedida e ele se fez de ouvidos moucos.
Ele quer flexibilizar a utilização das redes sociais pelos candidatos. Para ele as “redes sociais são extensão do escritório. Só me aceita quem quer e só aceito quem eu quero. Portanto, está 100% liberado. Posso entrar na minha rede social e dizer que vou ser candidato e pedir que vote em mim. Não posso ser punido por isso”, alegou.
Também quer modificar dispositivo da Lei da Ficha Limpa que beneficiaria gestores reprovados pelos tribunais. Vaggareza afirmou que a proposta de lei complementar estava pronta e seria levada ao colégio de líderes. Depois de muitas críticas, deu uma recuada estratégica.
Algumas das propostas são: para a quitação eleitoral, o candidato precisará apenas comprovar que votou; havendo cassação, ocorrerá uma nova eleição para decidir quem assume a vaga; o político poderá dizer que é candidato a qualquer momento; poderá usar as redes sociais para fazer campanha.
O mais preocupante é que ele quer deixar a reforma política, tal como ocorreu em tantas outras oportunidades, para sabe Deus quando. Ao afirmar que não há tempo hábil para uma reforma, plebiscito, referendo ou consulta popular, ele dá marcha de vaggareza ao processo que as ruas pedem urgência.
A depender de um líder de comissão como ele, que não consegue se afinar com o seu partido, com os colegas, com a Dilma e com o povo, que reforma política pode vir?

Marcos Inhauser