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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

FALASTRÕES

Não sei se em algum outro momento da história humana se teve tantos falastrões em postos-chave da política. Nos dias que correm, há quase uma dezena deles, enchendo os noticiários com suas diátribes.
Exemplo maior deles é o Donald Trump. Quando abre a boca, impropriedades saem com fluência, veemência e insensatez. Fala o que quer, quando quer, onde quer. Haja vista que transformou a reunião da ONU em palco de ataques e ameaças.  Ele atira para todos os lados e acaba de comprar briga com os jogadores do futebol americano e do basquete. Não mediu as palavras e ouviu o que não deveria ter ouvido, como presidente que é.
Suas ameaças à Coreia do Norte foram interpretadas pelas autoridades do país (e com razão, digo eu), como declaração de guerra. Parlapatão, precisa de gente atuando como bombeiro para apagar os incêndios que provoca. A cada pouco vem a porta-voz dizer que o que ele disse não é o que disse. Neste mar de impropriedades diárias, muitos dos seus colaboradores já se foram, porque não queriam servir de acólitos no show do boquirroto.
Na América do Sul, como a seguir-lhe os passos, está Nicolas Maduro. Sua retórica bombástica ataca e acusa os Estados Unidos como a causa de todos os seus erros e desatinos. Sua fala, segundo ele, inspirada em Hugo Cháves que o visita como pássaro ou borboleta, além de parecer espada (comprida e chata, bem ao estilo do seu mentor, Fidel Castro), em nada deve às impropriedades do Trump.
Mais calmo nos últimos tempos, há o Evo Morales da Bolívia. Andou falando aos quatro cantos, disse o que quis e, ainda não entendi direito a razão, está em período de “silêncio obsequioso”.
No cenário brasileiro há alguns exemplares. Cito o Bolsonaro, tão falastrão quanto os anteriores, com a agravante de que defende torturador, a ditadura e fez apologia ao estupro. Um boquirroto que insufla a violência contra marginais e de sexualidade alternativa.
Outro exemplo é o Cristiano Zanin, advogado do Lula. Quando comenta o que aconteceu, tenho a impressão de que ele acredita que sua tergiversação dos fatos criará uma nova realidade. Ainda que não promova a violência física, tem o condão que tentar colocar todos contra o sistema judiciário brasileiro, único culpado pelos crimes atribuídos ao seu cliente.
Não posso deixar de citar neste rol o Silas Malafaia, histriônico, narcísico e oportunista, fala o que lhe dá holofotes.
O Gilmar Mendes é boquirroto-mór. Fala sobre tudo, dá palpite sobre qualquer assunto, desde cesariana até motor à explosão. Já disse que me parece que ele tem orgasmos quando ouve sua voz. Seus votos no STF são peças cansativas e de uma lógica toda peculiar, tanto que, quase sempre, são vencidos pela maioria. Quando tem um habeas corpus para julgar monocromaticamente, libera o médico Abdelmassih, o banqueiro Cacciola, os amigos da máfia do transporte do Rio, mas nega quando se trata de Joesley e Wesley (que, a bem da verdade, devem mesmo continuar presos). Ele se considera insuspeito para julgar até uma ação em que ele próprio é réu. É o caso, único na história da humanidade, da imparcialidade absoluta.

O silêncio deles seria uma benção divina!
Marcos Inhauser