Os dois nomes começam
com a mesma letra.
Ambos têm cinco letras
em seus nomes e três delas são consoantes.
Ambos têm duas vogais
e terminam seus nomes com a mesma.
Ambos vêm do sul do
país. Ambos começaram suas carreiras por cima e tiveram suas funções por
apadrinhamento. Tiveram uma mão milagrosa para adentrar ao mundo dos
“iluminados”. Os dois tem seus assessores próximos com nomes que lembram
tempero: Cebola e Mantega. Ambos têm seus defensores gratuitos: Gilmar Rinaldi
e José Eduardo Cardoso.
Ambos têm a estranha
capacidade de sempre culpar os outros pelos seus infortúnios, de nunca
reconhecer seus erros, de não se enxergar. No que pese o descalabro de suas
atuações, ainda vendem a imagem de que tudo foi maravilhoso e que querem “bola
prá frente”. Ela quer voltar para fazer o mesmo que fazia. Ele quer continuar
para fazer o mesmo que sempre fez.
Quando falam e
discursam é necessário um intérprete para entender. Prolixos e com lógica
questionável, deixam os ouvintes aturdidos e se perguntando: o que foi que
queriam dizer?
Ambos são avessos a
qualquer mudança. Repetem ad nauseam
as mesmas frases e conceitos e, diante de uma situação que exige decisão
ousada, ficam catatônicos. Ela, diante da possibilidade concreta de ser afastada,
ao invés de tomar decisões que mudassem o curso dos fatos, preferiu se colocar
de vítima, chamando os que pediam mudanças (o que ela é incapaz de fazer) de
golpistas. Ele, diante da derrota iminente, trocou um jogador leve e talvez o
mais atuante em campo, por um pesado e que não ficava dentro da área como
referência para os lançamentos. Tendo ainda duas substituições para fazer,
olhava para o campo com cara de espanto, paralisado. Deixou de orientar a
equipe, não fez o que dele se esperava e criticou o juiz por validar um gol
irregular.
Ela estudou economia.
Quem estuda economia não é garantia que venha a ser economista, assim como quem
estuda filosofia ou teologia não é garantia de que venha a ser filósofo ou
teólogo. Há uma distância entre estudar a matéria e ser economista, filósofo ou
teólogo. Posso saber de economia, filosofia ou teologia e nada mais que isto.
Ela não percebeu isto e se arvorou economista e na sua gestão produziu um
déficit histórico, um desemprego na casa dos quase 12 milhões e a proliferação
de “vende-se” ou “aluga-se” em função dos milhões de negócios fechados.
Jogar futebol não
credencia a ser técnico de futebol. Uma coisa é jogar, outra é ser líder de uma
equipe que coloca as peças certas no lugar certo. Uma coisa é fazer um lançamento
em profundidade, outra é fazer uma substituição. Nem todos os bons jogadores
são técnicos e há os que, tendo sido bons jogadores, se aventuraram na carreira
e não tiveram sucesso ou tiveram que abandoná-la. Aí estão os exemplos de
Zetti, Mario Sérgio, Roque Júnior, entre outros. Ele conseguiu dar ao Brasil a
segunda maior vergonha no futebol: ser eliminado na primeira fase da Copa
América.
Um estudou economia e
não é economista. Outro jogou futebol e não é técnico. Os dois são
incompetentes nas “profissões” que abraçaram. Ambos são incompetentes. Nos dois
casos, quem pago o pato é o povo: com o desemprego, inflação alta, falta de
perspectiva e vergonha de, sendo pentacampeão mundial, amargar um 7 a 1 e a
gora a eliminação precoce.
Marcos Inhauser