Professor, pastor, teólogo e educador corporativo Textos escritos para a coluna semanal no Correio Popular, da cidade de Campinas e texto escritos depois de 2021, que tratam de temas nacionais, internacionais, sobre igreja e teologia
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terça-feira, 3 de maio de 2011
CURTOCIRCUITOS
A presidenta Dilma veio do setor energético para o governo. Já havia feito algo no sul e depois atuou na área como ministra de Minas e Energia. Lá foi ela colocada para fazer algo para que não se repetisse o apagão do governo FHC. Gerenciou a área como mão de ferra (isto é o que diziam) e o petismo alardeava o choque de gestão que a ministra deu ao setor.
Mal saída da área para um degrau acima na hierarquia governamental, a agora presidente colhe os primeiros frutos do seu choque de gestão, que entregou ao sarneysmo a área elétrica do país. O novamente ministro Edison Lobão, entende da área tanto quanto eu entendo de física quântica. A diferença é que não sou apadrinhado pelo coronel-mór da política brasileira.
Quando comecei a ouvir as notícias do apagão fiquei a pensar que o Maranhão, esta maravilha de estado brasileiro com um IDH de fazer inveja à Suécia, tinha também muita sorte, por ser o único estado do Nordeste que não foi premiado com a escuridão. Em seguida me lembrei que o capo da eletricidade comanda este Estado há décadas, que o seu preposto é o ministro e que uma estranha coincidência estava ocorrendo.
No dia seguinte, já nas primeiras horas, o ministro vem a público com números e dados afirmar que o sistema é robusto, que isto acontece em todos os países do mundo e que houve foi uma falha em um equipamento X, na subestação Y.
Tal como da vez anterior, quando uma subestação foi premiada com a culpa por um raio que caiu (e que os meteorologistas dizem que não havia tal evento na região naquela hora), agora um equipamentozinho qualquer promove a escuridão, apagando inclusive a iluminação na cabeça dos cientistas governamentais para serem mais coerentes com a explicação e os fatos.
Bem ao estilo do lulo-petismo, a presidenta nomeia uma comissão para tratar do assunto e sugerir medidas para evitar futuros eventos. Todos sabemos que a melhor coisa para não se fazer nada é nomear uma comissão, ainda mais governamental. Mas todos sabemos também que não há contingenciamento de verbas quando se trata de afagar o apetite de peemedebistas e outros correligionários, mas totalmente inversa é a verdade quando se trata de investir na infraestrutura, seja elétrica, aeroportuária, rodoviária, ferroviárias e etc.
Em meio ao apagão, corre solta a luta nos bastidores para saber quem fica com Furnas (dossiês correndo solto), indicações de gente que já teve o rabo preso com licitações obscuras, apadrinhamento transversal da família do coronel. O ministro Lobão se apressa em afirmar que "Foram decididos pelo ministro com o presidente da República. Não houve nem disputa nem loteamento".
E depois me criticam por acreditar em Papai Noel, Duendes e Santidade Parlamentar.
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