ENTENDENDO O CULTO
O culto público é a
reunião de pessoas em determinado lugar, que desejam louvar a Deus através de
cânticos, orações individuais ou coletivas, cantar juntamente com os demais e
estudar a Palavra de Deus, seja pelo estudo comunitário das Escrituras ou pela
pregação feita.
O culto é um momento
sagrado porque é o encontro com Deus, com o Filho e com o Espírito Santo. Jesus
afirmou que “onde se
acham dois ou três reunidos em meu
nome, aí estou eu no meio deles.” (Mt 18:20). O culto tem algo de misterioso, glorioso,
numinoso porque tem a presença real no seio dos que congregam.
O Profeta Habacuque,
ao falar dessa dimensão sagrada do culto, diz: “o Senhor está no seu santo templo;
cale-se diante dele toda a terra.”
(Hb 2:20)
Em outro trecho, Paulo, ao falar do culto na Igreja
de Corinto afirma que: “Se, pois, toda a igreja se reunir num mesmo lugar, e
todos falarem em línguas, e entrarem indoutos ou incrédulos, não dirão
porventura que estais loucos? ... Que
fazer, pois, irmãos? Quando vos congregais, cada um de vós tem salmo, tem
doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para
edificação. ... Deus não é Deus de
confusão, mas sim de paz. ... faça-se
tudo decentemente e com ordem. (ICo 14:23-40).
O escritor aos Hebreus coloca esta seriedade em
outras palavras: “Tendo ... ousadia para entrarmos no
santíssimo lugar, pelo sangue de Jesus, pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e
vivo, através do véu, isto
é, da sua carne ... cheguemo-nos com verdadeiro
coração, em inteira certeza de fé
... retenhamos
inabalável a confissão da nossa esperança, porque fiel é aquele que fez a
promessa; e consideremo-nos uns aos
outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras, não abandonando a nossa
congregação, como é costume de alguns, antes admoestando-nos uns aos outros”. (Hb
10:19-25). Ele ainda diz que: “... estamos rodeados de tão grande nuvem de
testemunhas” (Hb 12:1). Isto se aplica
tanto na vida pessoal, como quando nos congregamos.
A reunião para o culto não é algo sem implicações.
Tem a ver com o divino e deve atentar para as orientações da Palavra.
Pelos textos citados, podemos concluir que o culto:
1.)
É um encontro com a Trindade
2.)
É um tempo de participação da
comunidade
3.)
É um tempo de ordem
4.)
É um tempo comunhão
5.)
É um tempo de sonhar com o Reino
6.)
É um tempo de esperança
7.)
É um tempo de consagração
PERGUNTAS PARA
REFLEXÃO
Se cultuar é falar
com Deus pela adoração e oração, e ouvir a Deus na comunhão, na troca de
experiências com os irmãos e irmãs, através da Palavra, como isto tem
acontecido nas igrejas de hoje?
Você acha que há
consciência que o tempo de culto é um “encontro com a Trindade” e que o culto
merece todos o respeito e reverência?
Há um teólogo que
disse que a única maneira de louvarmos a Deus é com nosso silêncio? Você
concorda com ele?
Um culto com muito
barulho, música alta, gritos é mais abençoador que um culto mais “calmo e
silencioso”?
Como aplicar o texto
de Habacuque aos nossos cultos?
Na sua experiência e na igreja que você congrega, as
coisas são feitas com ordem e decência?
Ou todo mundo quer participar, cantar, declamar um
poema, ler um trecho da Bíblia e isto é feito sem ordem?
Quando há gente conversando ou usando o celular durante
o louvor ou a pregação, como isto é desobediência aos ensinos de Paulo?
Os cultos que você tem participado tem dado a você a
sensação/consciência de que está entrando em um espaço comprado com o sangue de
Jesus?
Os cultos têm renovado a sua esperança?
Os cultos têm ajudado a desejar o Reino de Deus?
Os cultos têm levado você a renovar seu compromisso
com o Reino?
Você já tinha pensado que o culto é assistido por uma
nuvem de testemunhas invisível que dele tomam parte?
O culto pode ser um tempo de diversão, de empolgação,
um estar para extravasar emoções?
Marcos Inhauser