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quarta-feira, 3 de junho de 2015

O DESODORANTE DEVERIA SER OBRIGATÓRIO

É a terceira vez que passo pelo aeroporto de Dubai. Já estive em muitos outros, alguns considerados os maiores do mundo (Chicago, Nova York, Atlanta, Frankfurt, etc.). Todos eles têm suas caraterísticas e seu jeitão de ser.
O que me chama a atenção no de Dubai é que, como em nenhum outro, se dá a confluência de culturas e raças em profusão. Sendo um hubble que liga Oriente e Ocidente, que traz passageiros do norte e do sul, Dubai é um cadinho de gente das mais diversas religiões, vestimentas, cabelos, modos e línguas.
Passar algumas horas neste aeroporto é menos cansativo que passar em Frankfurt, por exemplo. Para quem gosta de ver e analisar pessoas, Dubai é um prato cheio por causa do desfile de cores, cabelos, penteados, chinelos, sapatos, famílias e, pasmem, cheiros.
Desta vez tive a experiência de cruzar algumas vezes com um grupo de homens, todos vestidos com os mesmos trajes (não iguais, mas semelhantes), vindos de uma mesma etnia e região, e todos (acredito) sem nunca ter usado na vida um desodorante. Era uma nuvem de cecê vencido por onde andavam. O cheiro era tão forte que eu, que não tenho um olfato dos mais apurados, me senti enjoado com a fedentina.
Fiquei a imaginar como seria voar no mesmo avião ou ao lado deles, como já me tocou certa vez com dois casais de alpinistas que embarcaram no Equador de regresso à Europa. Desta vez escapei!
Mas o fato me levou a pensar um monte de coisas. Lembrei-me de haver lido há algum tempo os comentários em um blog que tratava de perfume, uma mulher que havia escrito que preferia um homem menos inteligente e perfumado a um gênio fedido. Neste quesito, ao que parece, o Einstein era Nobel da Fedentina. Não gostava de tomar banho e escovar os dentes, a acreditar-se em um dos seus biógrafos.
Já escrevi aqui sobre o Palácio de Versalhes e a inexistência de banheiros e como fediam os que ali moravam. Os escravos a abanar constantemente os reis e rainhas eram, na verdade, espantadores de mosquitos, atraídos pelo mau cheiro exalado pelas eminências. Há ainda a história de Bonaparte que escreveu um recado à sua amada, pedindo que não se banhasse porque ele voltaria em um mês e a queria o mais pronto possível e com todo o seu cheiro de mulher! Talvez por isto que foram os franceses que se aperfeiçoaram na arte de fazer perfumes.
Há uma nacionalidade que nunca vi nenhum indivíduo escovar o dente. Nos aeroportos deste país, quando escovo os meus, tenho impressão que ficam com nojo. Dão banho nas crianças na pia da cozinha, mas escovar os dentes na pia do banheiro de um aeroporto é asqueroso.
No entanto, nos dias atuais, onde já se inventou o sabonete, a pasta de dente, o desodorante e o perfume, deveria ser item básico e obrigatório para a convivência social o banho, a escovação dos dentes e o uso desodorante.
Tenho absoluta certeza de que não há Bonapartes hoje em dia e o nariz da quase totalidade agradeceria!
Marcos Inhauser

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