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quarta-feira, 4 de novembro de 2020

SERÁ? NÃO É A PERGUNTA

Como advento da pandemia, muita gente começou a se perguntar: será que vou ser infectado? Para mim, a pergunta não é esta,

Depois da mais de seis meses convivendo com o Corona vírus, que tem se mostrado resiliente na sua missão de se proliferar, as perguntas mais apropriadas, no meu entender, são: “quando vou ser infectado”? e “em que grau será minha infecção?”.

Dos mais de cinco milhões e meio de infectados no Brasil, cento e sessenta mil morreram. Isto significa que o grau de letalidade é de quase 3%. Se tomarmos os dados globais, temos quarenta seis milhões e seiscentos mil infectados e pouco mais de um milhão e duzentas mil mortes. Isto dá uma taxa de mortalidade aproximada da ordem de 2,5%. Não há como saber quantos dos infectados tiveram complicações graves e os que estão com sequelas.

Tenho para comigo que, mesmo que algumas vacinas sejam aprovadas e aplicadas, parcela significativa não estará imunizada ao final de 2021. Há que recordar-se que a vacina imuniza, mas não mata o vírus e ele continuará circulando no mundo. Mesmo com vacinação, os casos de infecção continuarão a acontecer.

Pontue-se também que, ainda não se sabe da taxa de possíveis reinfecções e por quanto tempo as vacinas produzirão anticorpos. Daí por que a pergunta (Será?) não é que deve ser feita. O vírus não será extinguido e continuará fazendo suas vítimas pelo resto da vida, assim como os demais vírus que assolaram a humanidade. Há que considerar-se também as mutações genéticas pelas quais o vírus passa e que podem produzir um novo/novo Corona, porque o atual já é uma variação de um anterior.

Quanto ao momento em que poderemos ser infectados, por mais cuidados e precauções que se tome, não são garantia de eterna imunidade. Mesmo pessoas cercadas de seguranças e todos os cuidados (ministros e presidentes) foram infectadas. Basta um deslize mínimo e imperceptível para que o Corona faça a festa. A sabedoria está em tomar todos os cuidados e estar preparado para o fato de que, mais dias, menos dias, ele virá se hospedar em você.

A outra pergunta pertinente é: “qual o grau de gravidade que me afetará?”. Aqui também se deve tecer alguns comentários. Sabe-se hoje que, em função dos novos conhecimentos sobre a natureza do vírus e medicações paliativas, a taxa de mortalidade diminuiu e muito. Os casos de intubação e UTI se reduziram. Novos procedimentos foram adotados e remédios vários foram testados e alguns deles condenados ou estão em suspeição para o tratamento da Covid-19. Exemplos disto são a cloroquina, a hidroxicloroquina e a dexocloroquina, os vermífugos Anita e Ivermecticina.

Sem remédio de prevenção (não há nada que seja consenso e provado cientificamente), até o presente momento, sabe-se que o uso de anticoagulantes é benfazejo para a estabilização do infectado. Sabe-se também que a respiração com o auxílio com oxigênio ajuda.

Quem ainda não foi infectado teve mais sorte de quem o foi nas primeira horas. A taxa de mortalidade inicial era muito mais alta e o tempo de UTI também, Mesmo as sequelas eram mais presentes nos infectados.

Para parodiar Jesus, os “últimos serão mais felizes que os primeiros”. Quem não pegou nas primeiras ondas tem mais chance de sobreviver quando infectado for.

Marcos Inhauser

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