Como advento da pandemia, muita gente começou a se perguntar: será que vou ser infectado? Para mim, a pergunta não é esta,
Depois da mais de seis meses convivendo com o Corona
vírus, que tem se mostrado resiliente na sua missão de se proliferar, as
perguntas mais apropriadas, no meu entender, são: “quando vou ser infectado”? e
“em que grau será minha infecção?”.
Dos mais de cinco milhões e meio de infectados no Brasil,
cento e sessenta mil morreram. Isto significa que o grau de letalidade é de
quase 3%. Se tomarmos os dados globais, temos quarenta seis milhões e
seiscentos mil infectados e pouco mais de um milhão e duzentas mil mortes. Isto
dá uma taxa de mortalidade aproximada da ordem de 2,5%. Não há como saber
quantos dos infectados tiveram complicações graves e os que estão com sequelas.
Tenho para comigo que, mesmo que algumas vacinas sejam
aprovadas e aplicadas, parcela significativa não estará imunizada ao final de
2021. Há que recordar-se que a vacina imuniza, mas não mata o vírus e ele
continuará circulando no mundo. Mesmo com vacinação, os casos de infecção
continuarão a acontecer.
Pontue-se também que, ainda não se sabe da taxa de
possíveis reinfecções e por quanto tempo as vacinas produzirão anticorpos. Daí
por que a pergunta (Será?) não é que deve ser feita. O vírus não será
extinguido e continuará fazendo suas vítimas pelo resto da vida, assim como os
demais vírus que assolaram a humanidade. Há que considerar-se também as
mutações genéticas pelas quais o vírus passa e que podem produzir um novo/novo
Corona, porque o atual já é uma variação de um anterior.
Quanto ao momento em que poderemos ser infectados, por
mais cuidados e precauções que se tome, não são garantia de eterna imunidade.
Mesmo pessoas cercadas de seguranças e todos os cuidados (ministros e
presidentes) foram infectadas. Basta um deslize mínimo e imperceptível para que
o Corona faça a festa. A sabedoria está em tomar todos os cuidados e estar
preparado para o fato de que, mais dias, menos dias, ele virá se hospedar em
você.
A outra pergunta pertinente é: “qual o grau de gravidade
que me afetará?”. Aqui também se deve tecer alguns comentários. Sabe-se hoje
que, em função dos novos conhecimentos sobre a natureza do vírus e medicações
paliativas, a taxa de mortalidade diminuiu e muito. Os casos de intubação e UTI
se reduziram. Novos procedimentos foram adotados e remédios vários foram
testados e alguns deles condenados ou estão em suspeição para o tratamento da
Covid-19. Exemplos disto são a cloroquina, a hidroxicloroquina e a dexocloroquina, os vermífugos
Anita e Ivermecticina.
Sem
remédio de prevenção (não há nada que seja consenso e provado cientificamente),
até o presente momento, sabe-se que o uso de anticoagulantes é benfazejo para a
estabilização do infectado. Sabe-se também que a respiração com o auxílio com
oxigênio ajuda.
Quem
ainda não foi infectado teve mais sorte de quem o foi nas primeira horas. A
taxa de mortalidade inicial era muito mais alta e o tempo de UTI também, Mesmo
as sequelas eram mais presentes nos infectados.
Para
parodiar Jesus, os “últimos serão mais felizes que os primeiros”. Quem não
pegou nas primeiras ondas tem mais chance de sobreviver quando infectado for.
Marcos Inhauser
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