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quarta-feira, 29 de julho de 2015

FAMÍLIA EM XEQUE

Recebi do meu amigo Marcos Kopeska o artigo da Dra. Edilene Nassar de Rossi, Psicóloga, que o publico aqui, por apresentar uma visão interessante da família:
“No jogo de xadrez, o termo “xeque” é o que se diz ao oponente quando este está sob ameaça de perder o rei, mas ainda com a possibilidade de evitar o fim, corrigindo e reposicionando as peças.
Neste contexto, analiso a família sob o prisma do tabuleiro para desafiar nossa atitude positiva diante das crises e ameaças, lançando mão de jogadas inteligentes, que nos levam ao sucesso familiar.
Portanto, falo a todas as peças desse jogo: do rei aos peões. Quando se fala de jogo e família, todos estão envolvidos e devem cumprir seus papéis com excelência para alcançar a vitória. A família entra em xeque, ameaçada, quando no decorrer do jogo da vida, relaxa sua guarda e, sem percepção das emboscadas sutis do dia a dia, perde peças importantes, capturadas pelo adversário. Estas perdas, ainda que sejam apenas peões, seriam capazes de evitar o xeque-mate, que é a captura do rei e o fim do jogo. Isso acontece quando não nos protegemos, vivemos de forma individualista, cega, insensível e egoísta, sem perceber o que se passa em nosso reino.
Assim, uma pequena dificuldade não percebida, se transforma em problema; este problema sem a devida atenção se transforma em crise (xeque); a crise sem sabedoria e correção, conduz ao caos – e então, xeque mate! Mas ainda estamos falando da situação de xeque! Ainda existe esperança, saída, solução!  Xeque é crise, e, crise é oportunidade! Oportunidade de retomarmos o controle do jogo e evitarmos o fim. Xeque exige atitude, portanto não é hora de desistir.
Aliás, as crises são necessárias e podemos usá-las a nosso favor. Basta nos deslocarmos da estagnação, analisarmos as possíveis jogadas que se desenham no tabuleiro, observarmos com cuidado as peças que estão em risco, descobrirmos as possibilidades de avanço do oponente, movermo-nos a novas posturas, vislumbrarmos o jogo por outros ângulos, e finalmente, respeitarmos e enxergarmos como o outro vê e sente. É na crise que se escolhe a melhor peça, o movimento mais inteligente e a tática adequada a adotar, gerando mudanças e resultados relevantes para o todo e não somente coroando ganhos pessoais.
Há batalhas que exigem a humilde habilidade do peão, isso quando nos vemos pequenos diante do conflito. Outras reclamam a agilidade do cavalo pulando os obstáculos ao invés de confrontar barreiras. Há jogadas que requerem o fortalecimento das torres de proteção, isso nos momentos de perigo iminente. Há pugnas que demandam a habilidade e criatividade do bispo recorrendo a caminhos alternativos. Outras, clamam pela versatilidade da dama, flexível em seus movimentos adaptando-se às necessidades. Por fim, recorremos a atitude nobre e prudente do rei, agindo com cautela e sabedoria, dando um passo de cada vez, agindo com cuidado, pois conhece a importância e valor do que tem em suas mãos.
Da mesma forma, no xadrez da vida o vencedor não é quem evita pequenos confrontos, mas quem enfrenta a batalha, admite os erros e os corrige. Sim, para ganhar o pódio devemos respeitar o desafio do xeque e fazê-lo valer a pena.

Marcos Inhauser

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