Não vivemos uma democracia. O modelo político brasileiro é a
impostocracia. Não temos o poder de decidir o quanto podemos e devemos
contribuir, mas ele é tirado a fórceps de nossos holerites e bolsos. No Brasil
não se paga impostos: eles são roubados de nós. A carga tributária excessiva e
o retorno pífio de benefícios advindos do seu uso é gritante.
Os políticos brasileiros são verdadeiros gigolôs: vivem a
extorquir o sangue dos que se entregam ao trabalho árduo, como se o povo fosse
a prostituta que eles dominam e escravizam. Somos escravizados pelos políticos
que, na ânsia de sempre ganhar mais sem trabalho, mas de ter à custa do
trabalho alheio, produzem mecanismos de escravização. Eles se chamam Imposto
Retido na Fonte, Antecipação de Receita, Cadastro de Proteção ao Crédito,
Serasa, Lista Negra, Certidão Negativa de Débito, Alíquota, ICMS, ISSQN, IR,
IBTI, IPTU, IPVA, e a miríade de tributos e taxas e outras formas de extorquir
o suor do povo.
As recentes elevações de impostos, taxas, contribuições
previdenciárias, a proposta de criação do bilionário Fundo Eleitoral, mais a existência
do Fundo Partidário, a quantidade e assessores, viagens, auxílios e quejandas
que os políticos recebem, formam a trama escravizadora que se sustenta com o
que os gigolôs tiram da sociedade. Tal como nas estruturas de trabalho escravo,
onde os trabalhadores mal recebem salário e vivem a dever para os patrões,
porque precisam comer e se vestir, tornando-se eternos devedores, assim também
a sociedade brasileira. Trabalhamos arduamente e o que recebemos mal dá para se
ter uma vida confortável. Duvido que algum trabalhador médio brasileiro (a
grande maioria) tenha parte do luxo ou conforto que os salários dos políticos
têm. Para eles o luxo, para o povo o lixo!
Neste emaranhado de comodidades e asseclas, ficamos sabendo
esta semana que, no Congresso e gabinetes de Brasília há a figura de um Fiscal
do Café. O que eles têm de graça precisa ser testado e controlado por um Fiscal
que ganha salário de executivo. Fiscal de Café em um país onde muitos nem café
tomam porque não podem adquirir o pó para fazê-lo.
A indústria e o comércio brasileiro vive às voltas com
tantas leis, portarias, decretos e regulamentações que obedecer a todos é
certeza de que, em algum momento, um fiscal poderá multar, porque conflitantes.
Esta parafernália fiscal é feita para autuar. Sempre há um ponto ou outro em
que um fiscal pode pegar alguma coisa e lascar uma multa milionária. O
empregado brasileiro é refém de uma justiça trabalhista anacrônica e parcial,
inventando indenizações a cada nova sentença.
Os financiadores extraoficiais dos gigolôs têm a certeza da
impunidade se tiver um amigo ministro no STJ, como aconteceu com a Abdelmassih,
Cassiola e recentemente com os empresários dos ônibus no Rio de Janeiro.
Flagrados, tiveram o Habeas Corpus concedido pelo amigo ministro. Padrinho de
casamento da filha, aquele que não se sente impedido nem para emitir juízo
sobre si mesmo. É a imparcialidade absoluta!
Talvez a atitude de gigolô dos políticos, em parte, se deva
à prostituição de eleitores. Eles se vendem por uma dentadura, uma consulta
médica, uma receita oftalmológica, um par de óculos. Prostituição a baixo custo
que garante o luxo na capital.
A política brasileira é um lixo! Fazem do povo a boca do
lixo para viverem na boca do luxo!
Marcos Inhauser
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