Elvis, Elis Regina, Kurt Cobain, Amy Winehouse, Ray Charles,
John Nash, Nelson Gonçalves, Jimmy Hendrix, Lindsay Lohan, Michael Jackson, Marilyn
Monroe, Nick Nolte, George Michael, Charlie Sheen, Maysa, Bob Marley, Fábio
Assunção, Marcelo Antoni, Kate Moss, Stuart Cable, Heath Ledger, Jim Morrison,
Janis Joplin, Billie Holiday, Mike Tyson, etc.
O que há em comum com todos eles? Foram ou são famosos e
tiveram envolvimento com drogas e álcool. Muitos dos citados morreram por
overdose ou por complicações advindas do uso prolongado delas ou do álcool.
A lista não é completa. Nesta semana fomos informados de
mais uma celebridade que se envolveu com drogas e álcool e teve morte
prematura. Ainda que a causa mortis não tenha sido oficialmente declarada,
ninguém nega que o uso de drogas e álcool acabou com a vida da Whitney Houston.
As perguntas que muitos se fazem nesta hora e que a fizeram
nas outras vezes em que isto aconteceu é: como uma pessoa tão bem de vida e tão
reconhecida pelo público, faz uma besteira destas? Porque há tanta gente do
meio artístico envolvido com drogas?
Respostas já foram dadas às centenas e não pretendo trazer
nenhuma novidade. Quero apenas trazer um paradigma bíblico para talvez colocar
alguma luz neste assunto. A Bíblia relata que houve um paraíso, o Éden, que
nele estavam Adão e Eva, e que no paraíso havia duas árvores: a da vida e a da
ciência do bem e do mal. Tentados a serem mais do que eram, querendo ser iguais
a Deus, tomaram do fruto proibido e foram expulsos do paraíso e morreram.
Todos estamos todos os dias tendo que decidir entre a árvore
da vida e a da morte. No mundo artístico e das celebridades parece que o fruto
da morte está mais tentador e mais facilmente ao alcance. Usam e abusam da
árvore da morte e morrem por overdose.
Mas há no paradigma bíblico outro aspecto: querer ser mais
do que são. Tenho para comigo que o ser humano foi feito para viver na relação
de amor com o próximo e ser celebridade lhe dá um status que altera esta
relação de igualdade. Não fomos criados
por Deus para o estrelato, para o sucesso, para a exposição midiática. Ele nos
fez para a convivência fraternal, para o desfrute das pequenas coisas, para a
humildade, para o serviço ao próximo. O sucesso parece que tira dos famosos e
celebridades o sentido da vida. Morrem prematuros porque a vida perdeu seu
significado maior: o outro, o próximo.
A alegria dos fãs, a música enlevante, as declarações de
amor de muitos, o assédio, não eram satisfatórios. Para muitos, os aplausos
entorpecem, anestesiam, mudam o foco da vida. Fama é carreira de cocaína: cada
vez precisa ser mais recheada, mais longa, mais constante, até matar. Aí está o
BBB e a busca desvairada pelos cinco minutos de fama, a qualquer preço. A
internet está cheia de vídeos de pessoas querendo ser famosas.
A fama que consagra é a da Madre Teresa de Calcutá, Francisco
de Assis, Ghandi, Mandela, Luther King, Betinho, Zilda Arns, Monsenhor Romero, e
tantos outros que comeram do fruto da árvore da vida que é o amor ao próximo em
ações concretas de ajuda.
Marcos Inhauser
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